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Cartilha reúne orientações para população atingida por enchentes
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Uma cartilha elaborada pelo Conselho Federal de Química (CFQ) reúne, em linguagem simples, um conjunto de informações úteis para a população atingida por enchentes. O encarte, disponível em formato digital, lista orientações para a adoção de melhores processos de sanitização dos ambientes e utensílios expostos à água e para o combate ao aparecimento de pragas urbanas e de vetores de doenças.
Com a chegada do verão e do período chuvoso em boa parte do Brasil, diversas cidades vêm registrando enchentes e outros problemas decorrentes do excesso de precipitação. Balanço divulgado na terça-feira (26) pela Defesa Civil Nacional alerta para a situação de Minas Gerais, Espírito Santo, Santa Catarina e São Paulo. Nos quatro estados já foram registradas 16 mortes e mais de 10 mil pessoas estão desabrigadas ou desalojadas.
O conteúdo da cartilha foi produzido em parceria com a Associação dos Controladores de Vetores e Pragas Urbanas (Aprag), o Sindicato das Empresas de Controle de Vetores e Pragas Urbanas (Sindprag) e a Associação Brasileira das Indústrias de Produtos de Higiene, Limpeza e Saneantes (Abipla). O material busca mostrar a importância da química na educação e promoção da saúde, disseminando conhecimento sobre como agir em casos de enchentes, principalmente para quem vive nas proximidades de rios e em áreas com pouco saneamento.
O encarte traz um alerta importante para a limpeza correta da casa e para a higiene dos objetos: é fundamental a utilização de luvas de borracha, botas tipo galocha, calças plásticas e óculos de proteção, de forma a evitar contaminações. Essas medidas também reduzem o risco de choque durante a limpeza do quadro de luz ou de partes elétricas.
Outro tema abordado na cartilha envolve o consumo de água. A orientação é para que ela seja fervida por ao menos um minuto ou que sejam adicionadas duas gotas de hipoclorito de sódio com concentração de 2,5% (água sanitária) para cada litro de água. A cartilha também orienta na busca por informações, indicando o contato com as autoridades públicas da localidade para se manter informado sobre o abastecimento de água e sobre o aparecimento de agentes vetores de doenças como leptospirose e hepatite.
Acesse a cartilha:
Edição: Maria Claudia
Fonte: EBC Geral


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Prefeitura de SP constrói muro na Cracolândia para isolar área de usuários de drogas
A Prefeitura de São Paulo ergueu um muro na Cracolândia, localizada no Centro da cidade, com cerca de 40 metros de extensão e 2,5 metros de altura, delimitando a área onde usuários de drogas se concentram. A estrutura foi construída na Rua General Couto Magalhães, próxima à Estação da Luz, complementada por gradis que cercam o entorno, formando um perímetro delimitado na Rua dos Protestantes, que se estende até a Rua dos Gusmões.
Segundo a administração municipal, o objetivo é garantir mais segurança às equipes de saúde e assistência social, melhorar o trânsito de veículos na região e aprimorar o atendimento aos usuários. Dados da Prefeitura indicam que, entre janeiro e dezembro de 2024, houve uma redução média de 73,14% no número de pessoas na área.
Críticas e denúncias
No entanto, a medida enfrenta críticas. Roberta Costa, representante do coletivo Craco Resiste, classifica a iniciativa como uma tentativa de “esconder” a Cracolândia dos olhos da cidade, comparando o local a um “campo de concentração”. Ela aponta que o muro limita a mobilidade dos usuários e dificulta a atuação de movimentos sociais que tentam oferecer apoio.
“O muro não só encarcerou os usuários, mas também impediu iniciativas humanitárias. No Natal, por exemplo, fomos barrados ao tentar distribuir alimentos e arte”, afirma Roberta.
A ativista também denuncia a revista compulsória para entrada no espaço e relata o uso de spray de pimenta por agentes de segurança para manter as pessoas dentro do perímetro.
Impacto na cidade
Embora a concentração de pessoas na Cracolândia tenha diminuído, o número total de dependentes químicos não foi reduzido, como destaca Quirino Cordeiro, diretor do Hub de Cuidados em Crack e Outras Drogas. Ele afirma que, em outras regiões, como a Avenida Jornalista Roberto Marinho (Zona Sul) e a Rua Doutor Avelino Chaves (Zona Oeste), surgiram novas aglomerações.
Custos e processo de construção
O muro foi construído pela empresa Kagimasua Construções Ltda., contratada após processo licitatório em fevereiro de 2024. A obra teve custo total de R$ 95 mil, incluindo demolição de estruturas existentes, remoção de entulho e construção da nova estrutura. A Prefeitura argumenta que o contrato seguiu todas as normas legais.
Notas da Prefeitura
Em nota, a administração municipal justificou a construção do muro como substituição de um antigo tapume, visando à segurança de moradores, trabalhadores e transeuntes. Além disso, ressaltou os esforços para oferecer encaminhamentos e atendimentos sociais na área.
A Secretaria Municipal de Segurança Urbana (SMSU) reforçou que a Guarda Civil Metropolitana (GCM) atua na área com patrulhamento preventivo e apoio às equipes de saúde e assistência, investigando denúncias de condutas inadequadas.
A questão da Cracolândia permanece um desafio histórico para São Paulo, com soluções que, muitas vezes, dividem opiniões entre autoridades, moradores e ativistas.
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