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Céu rosado em São Paulo se deve a partículas do vulcão de Tonga

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Nesta última semana, o céu de São Paulo adquiriu um tom mais rosado, principalmente nas primeiras horas do dia. E isso não foi efeito da poluição tão característica da capital paulistana. Segundo Marcia Yamasoe, professora e pesquisadora do Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas da Universidade de São Paulo (USP), essa coloração no céu de São Paulo e percebida principalmente no amanhecer do dia 26 de janeiro, foi resultado da erupção do vulcão submarino Hunga-Tonga-Hunga-Ha’apai, que devastou o arquipélago de Tonga, no Pacífico Sul, e lançou partículas para a alta atmosfera.

Em entrevista à Agência Brasil, Marcia Yamasoe disse que é possível confirmar que as partículas expelidas pelo vulcão de fato chegaram ao Brasil. “As imagens de satélite mostraram quando a pluma [que consiste em cinza vulcânica] chegou e tem um pesquisador do Ipem [Instituto de Pesos e Medidas] que tem uma instrumentação e identificou claramente a chegada dessa pluma no dia 26 de janeiro, por volta das 4h da manhã”, disse ela.

Isso ocorreu porque a atividade vulcânica em Tonga foi muito intensa, permitindo com que o material fosse lançado para a estratosfera. Estando nessa camada, o material pôde ser transportado mais facilmente e viajar longas distâncias, chegando ao Brasil.

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“A primeira coisa é que esse material, os gases dessa erupção vulcânica, conseguiu chegar na estratosfera, que é uma camada que fica acima da troposfera, que é onde a gente fica”, explicou a professora. “Nessa camada da atmosfera, a troca, o processo de deposição, é muito mais lento. Então, se conseguir chegar lá em cima, a probabilidade desse material ficar por mais tempo lá é bem grande. Aqui embaixo [na troposfera], a chuva e as nuvens, conseguem remover muito mais facilmente”, disse.

De acordo com a professora, ainda não é possível afirmar quanto tempo vá durar esse fenômeno. Essa pluma continua circulando e deve dar a volta ao mundo. E, quando ela voltar ao Brasil, possivelmente já estará mais diluída. “Ela vai ficar circulando, até ela se depositar. Mas acredito que quando ela voltar, ela já vai estar bem mais diluída”, disse ela. “Mas se ela voltar, é acordar bem cedinho para tentar detectar e tirar fotos”, falou.

Esses gases, segundo ela, não trazem riscos para a população brasileira. “Como está há 26 km, muito alto, antes de se depositar e chegar aqui embaixo, essa pluma vai se dissolvendo, vai se espalhando cada vez mais. Então, quando começar a depositar, vai ficar em quantidades tão pequena que, realmente, para a população não há risco”.

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Tonga está localizada no chamado Anel de Fogo do Pacífico, uma das áreas de maior atividade sísmica do planeta. No dia 15 de janeiro, a erupção do vulcão Hunga-Tonga-Hunga-Ha`apai desencadeou tsunami com ondas até 15 metros, que devastaram a nação.

Edição: Claudia Felczak

Fonte: EBC Geral

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Prefeitura de SP constrói muro na Cracolândia para isolar área de usuários de drogas

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A Prefeitura de São Paulo ergueu um muro na Cracolândia, localizada no Centro da cidade, com cerca de 40 metros de extensão e 2,5 metros de altura, delimitando a área onde usuários de drogas se concentram. A estrutura foi construída na Rua General Couto Magalhães, próxima à Estação da Luz, complementada por gradis que cercam o entorno, formando um perímetro delimitado na Rua dos Protestantes, que se estende até a Rua dos Gusmões.

Segundo a administração municipal, o objetivo é garantir mais segurança às equipes de saúde e assistência social, melhorar o trânsito de veículos na região e aprimorar o atendimento aos usuários. Dados da Prefeitura indicam que, entre janeiro e dezembro de 2024, houve uma redução média de 73,14% no número de pessoas na área.

Críticas e denúncias

No entanto, a medida enfrenta críticas. Roberta Costa, representante do coletivo Craco Resiste, classifica a iniciativa como uma tentativa de “esconder” a Cracolândia dos olhos da cidade, comparando o local a um “campo de concentração”. Ela aponta que o muro limita a mobilidade dos usuários e dificulta a atuação de movimentos sociais que tentam oferecer apoio.

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“O muro não só encarcerou os usuários, mas também impediu iniciativas humanitárias. No Natal, por exemplo, fomos barrados ao tentar distribuir alimentos e arte”, afirma Roberta.

A ativista também denuncia a revista compulsória para entrada no espaço e relata o uso de spray de pimenta por agentes de segurança para manter as pessoas dentro do perímetro.

Impacto na cidade

Embora a concentração de pessoas na Cracolândia tenha diminuído, o número total de dependentes químicos não foi reduzido, como destaca Quirino Cordeiro, diretor do Hub de Cuidados em Crack e Outras Drogas. Ele afirma que, em outras regiões, como a Avenida Jornalista Roberto Marinho (Zona Sul) e a Rua Doutor Avelino Chaves (Zona Oeste), surgiram novas aglomerações.

Custos e processo de construção

O muro foi construído pela empresa Kagimasua Construções Ltda., contratada após processo licitatório em fevereiro de 2024. A obra teve custo total de R$ 95 mil, incluindo demolição de estruturas existentes, remoção de entulho e construção da nova estrutura. A Prefeitura argumenta que o contrato seguiu todas as normas legais.

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Notas da Prefeitura

Em nota, a administração municipal justificou a construção do muro como substituição de um antigo tapume, visando à segurança de moradores, trabalhadores e transeuntes. Além disso, ressaltou os esforços para oferecer encaminhamentos e atendimentos sociais na área.

A Secretaria Municipal de Segurança Urbana (SMSU) reforçou que a Guarda Civil Metropolitana (GCM) atua na área com patrulhamento preventivo e apoio às equipes de saúde e assistência, investigando denúncias de condutas inadequadas.

A questão da Cracolândia permanece um desafio histórico para São Paulo, com soluções que, muitas vezes, dividem opiniões entre autoridades, moradores e ativistas.

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