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Falta de proponentes cancela leilão do Canecão

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Programado para hoje (21), o leilão para escolha do concessionário da antiga casa de shows Canecão, acabou não ocorrendo por falta de proponentes. O espaço, que pertence à Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), está situado em Botafogo, na zona sul da capital fluminense.

Em entrevista à Agência Brasil, o vice-reitor da UFRJ, Carlos Frederico Leão Rocha, disse que um novo leilão deve ocorrer no mês que vem. A outorga mínima de R$ 625 mil será mantida, bem como a cláusula que estabelece que o concessionário terá que construir uma casa de shows e realizar investimentos em infraestruturas acadêmicas, totalizando R$ 140 milhões de reais, nos próximos três anos.

“Nada se altera quanto a isso. Nós manteremos os valores e o modelo que foi adotado”, disse Rocha. Além do espaço para espetáculos com capacidade mínima para 3 mil espectadores, o Canecão contará com espaço para exposições e sala de ensaios.

Parceria

O modelo do leilão foi estruturado pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), que permanecerá na estruturação e encaminhamento do projeto. “O BNDES é nosso parceiro nessa empreitada”, afirmou o vice-reitor.

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Para o vice-reitor, a ausência de propostas para o leilão se deve à possibilidade de os eventuais interessados precisarem de mais tempo para apresentar um projeto que atenda aos princípios elaborados no edital.

O BNDES também atribuiu a falta de propostas ao prazo. “Os investidores interessados no projeto demandaram mais prazo para elaborarem suas propostas. A UFRJ irá divulgar em janeiro uma nova data de apresentação de propostas”, informou a assessoria do banco.

Melhoria

O edital prevê também a construção do Espaço Ziraldo, com pelo menos 430 metros quadrados (m²) de área, para receber exposições e apresentações. Esse espaço abrigará o mural produzido pelo escritor e cartunista Ziraldo (foto em destaque) para o antigo Canecão, com 32 metros de comprimento por 6 metros de altura. A obra é inspirada nos traços dos pintores Picasso e Portinari e será restaurada pela universidade.

Na avaliação do superintendente da Área de Governo e Relacionamento Institucional do BNDES, Ricardo Antônio Torres Rodrigues, “o projeto de concessão do novo equipamento cultural da UFRJ é uma oportunidade de melhorar a infraestrutura acadêmica da universidade por meio desses edifícios. Todas as novas infraestruturas serão de propriedade da UFRJ”, explicou. Rodrigues acrescentou que o projeto devolve ao Rio um dos mais importantes espaços culturais para a música brasileira.

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Como contrapartida pelo uso comercial do local por 30 anos, além de arcar com os custos para a construção das benfeitorias, o concessionário deverá construir um restaurante universitário para a UFRJ, com capacidade para servir 2 mil refeições por dia, e um prédio acadêmico, que deve atender a mais de 4 mil estudantes.

Será feito ainda investimento na urbanização das áreas remanescentes, com a criação de espaços públicos e arborizados para a sociedade. Anualmente, a UFRJ terá direito a 50 dias de uso do espaço; 90 dias de exposição e da sala de ensaio; e 275 dias do Espaço Ziraldo.

A manutenção dos espaços será feita pela empresa que vencer o leilão. Após o período da concessão, os empreendimentos culturais passarão para posse da universidade.

Edição: Denise Griesinger

Fonte: EBC Geral

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Prefeitura de SP constrói muro na Cracolândia para isolar área de usuários de drogas

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A Prefeitura de São Paulo ergueu um muro na Cracolândia, localizada no Centro da cidade, com cerca de 40 metros de extensão e 2,5 metros de altura, delimitando a área onde usuários de drogas se concentram. A estrutura foi construída na Rua General Couto Magalhães, próxima à Estação da Luz, complementada por gradis que cercam o entorno, formando um perímetro delimitado na Rua dos Protestantes, que se estende até a Rua dos Gusmões.

Segundo a administração municipal, o objetivo é garantir mais segurança às equipes de saúde e assistência social, melhorar o trânsito de veículos na região e aprimorar o atendimento aos usuários. Dados da Prefeitura indicam que, entre janeiro e dezembro de 2024, houve uma redução média de 73,14% no número de pessoas na área.

Críticas e denúncias

No entanto, a medida enfrenta críticas. Roberta Costa, representante do coletivo Craco Resiste, classifica a iniciativa como uma tentativa de “esconder” a Cracolândia dos olhos da cidade, comparando o local a um “campo de concentração”. Ela aponta que o muro limita a mobilidade dos usuários e dificulta a atuação de movimentos sociais que tentam oferecer apoio.

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“O muro não só encarcerou os usuários, mas também impediu iniciativas humanitárias. No Natal, por exemplo, fomos barrados ao tentar distribuir alimentos e arte”, afirma Roberta.

A ativista também denuncia a revista compulsória para entrada no espaço e relata o uso de spray de pimenta por agentes de segurança para manter as pessoas dentro do perímetro.

Impacto na cidade

Embora a concentração de pessoas na Cracolândia tenha diminuído, o número total de dependentes químicos não foi reduzido, como destaca Quirino Cordeiro, diretor do Hub de Cuidados em Crack e Outras Drogas. Ele afirma que, em outras regiões, como a Avenida Jornalista Roberto Marinho (Zona Sul) e a Rua Doutor Avelino Chaves (Zona Oeste), surgiram novas aglomerações.

Custos e processo de construção

O muro foi construído pela empresa Kagimasua Construções Ltda., contratada após processo licitatório em fevereiro de 2024. A obra teve custo total de R$ 95 mil, incluindo demolição de estruturas existentes, remoção de entulho e construção da nova estrutura. A Prefeitura argumenta que o contrato seguiu todas as normas legais.

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Notas da Prefeitura

Em nota, a administração municipal justificou a construção do muro como substituição de um antigo tapume, visando à segurança de moradores, trabalhadores e transeuntes. Além disso, ressaltou os esforços para oferecer encaminhamentos e atendimentos sociais na área.

A Secretaria Municipal de Segurança Urbana (SMSU) reforçou que a Guarda Civil Metropolitana (GCM) atua na área com patrulhamento preventivo e apoio às equipes de saúde e assistência, investigando denúncias de condutas inadequadas.

A questão da Cracolândia permanece um desafio histórico para São Paulo, com soluções que, muitas vezes, dividem opiniões entre autoridades, moradores e ativistas.

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