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Leilão do edifício A Noite não recebe propostas

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A terceira tentativa de venda do edifício A Noite não recebeu propostas no leilão realizado hoje (14) pela Secretaria de Coordenação e Governança do Patrimônio da União (SPU), do Ministério da Economia. O valor pelo imóvel de 102 metros de altura e uma área construída de 29.377 metros quadrados foi estipulado em R$ 38,5 milhões.

Projeto do arquiteto Joseph Gire em parceria com Elisiário da Cunha Bahiana, o prédio com 22 andares de estilo art déco, considerado histórico por ter sido o primeiro arranha-céu da América Latina, começou a ser construído em 1927 e foi inaugurado no dia 7 de setembro de 1929, no lote onde funcionava o antigo Liceu Literário Português, na Praça Mauá, região portuária do Rio de Janeiro. Gire foi o arquiteto que projetou também outros prédios de destaque da cidade como os hotéis Copacabana Palace e Glória, na zona sul.

O prédio, construído para receber o jornal A Noite, passou ainda pela estratégia de atração de inquilinos sofisticados com negócios identificados com a modernidade e abrigou a companhia aérea Pan American World Airways, a Pan Am, e a holandesa Royal Philips Electronics, a Philips.

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Em maio de 1933, o grupo A Noite ampliou os negócios e instituiu a Sociedade Civil Brasileira Rádio Nacional. Com o prefixo PRE-8, a Rádio Nacional foi inaugurada no dia 12 de setembro de 1936. Os programas de sucesso da emissora marcaram a vida brasileira integrando o país por meio das ondas do rádio.

Em 1940, o edifício A Noite passou para as mãos da União, durante o governo de Getúlio Vargas. A Rádio Nacional, que se tornou emissora da Empresa Brasil de Comunicação (EBC), funcionou no local até 2012, quando foi transferida para outras instalações na Lapa, também no centro do Rio, porque o prédio passaria por reformas. O edifício A Noite abrigou ainda o Instituto Nacional de Propriedade Intelectual (Inpi), que deixou o local no mesmo ano.

De acordo com o Ministério da Economia, o prédio, que atualmente está sem uso pela União, gera um custo de mais de R$ 2 milhões por ano aos cofres públicos, gastos com manutenção de elevadores, segurança, brigadistas e taxas de concessionárias.

A tentativa de venda foi por meio da Proposta de Aquisição de Imóveis (PAI), que permite ofertas de compra de imóveis da União realizadas por pessoas físicas ou jurídicas. No aviso de venda, a pasta informou que qualquer interessado poderia participar do certame. Para isso, precisava apenas “acessar o portal VendasGov, enviar a oferta e cumprir com as exigências do edital, como por exemplo fazer a caução necessária. Para a habilitação é necessário anexar o comprovante de pagamento da caução, equivalente a 5% do valor de avaliação do imóvel”.

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Venceria a oferta de maior valor e caso a proposta apresentada não fosse a vencedora, a caução seria integralmente devolvida.

Edição: Fernando Fraga

Fonte: EBC Geral

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Prefeitura de SP constrói muro na Cracolândia para isolar área de usuários de drogas

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A Prefeitura de São Paulo ergueu um muro na Cracolândia, localizada no Centro da cidade, com cerca de 40 metros de extensão e 2,5 metros de altura, delimitando a área onde usuários de drogas se concentram. A estrutura foi construída na Rua General Couto Magalhães, próxima à Estação da Luz, complementada por gradis que cercam o entorno, formando um perímetro delimitado na Rua dos Protestantes, que se estende até a Rua dos Gusmões.

Segundo a administração municipal, o objetivo é garantir mais segurança às equipes de saúde e assistência social, melhorar o trânsito de veículos na região e aprimorar o atendimento aos usuários. Dados da Prefeitura indicam que, entre janeiro e dezembro de 2024, houve uma redução média de 73,14% no número de pessoas na área.

Críticas e denúncias

No entanto, a medida enfrenta críticas. Roberta Costa, representante do coletivo Craco Resiste, classifica a iniciativa como uma tentativa de “esconder” a Cracolândia dos olhos da cidade, comparando o local a um “campo de concentração”. Ela aponta que o muro limita a mobilidade dos usuários e dificulta a atuação de movimentos sociais que tentam oferecer apoio.

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“O muro não só encarcerou os usuários, mas também impediu iniciativas humanitárias. No Natal, por exemplo, fomos barrados ao tentar distribuir alimentos e arte”, afirma Roberta.

A ativista também denuncia a revista compulsória para entrada no espaço e relata o uso de spray de pimenta por agentes de segurança para manter as pessoas dentro do perímetro.

Impacto na cidade

Embora a concentração de pessoas na Cracolândia tenha diminuído, o número total de dependentes químicos não foi reduzido, como destaca Quirino Cordeiro, diretor do Hub de Cuidados em Crack e Outras Drogas. Ele afirma que, em outras regiões, como a Avenida Jornalista Roberto Marinho (Zona Sul) e a Rua Doutor Avelino Chaves (Zona Oeste), surgiram novas aglomerações.

Custos e processo de construção

O muro foi construído pela empresa Kagimasua Construções Ltda., contratada após processo licitatório em fevereiro de 2024. A obra teve custo total de R$ 95 mil, incluindo demolição de estruturas existentes, remoção de entulho e construção da nova estrutura. A Prefeitura argumenta que o contrato seguiu todas as normas legais.

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Notas da Prefeitura

Em nota, a administração municipal justificou a construção do muro como substituição de um antigo tapume, visando à segurança de moradores, trabalhadores e transeuntes. Além disso, ressaltou os esforços para oferecer encaminhamentos e atendimentos sociais na área.

A Secretaria Municipal de Segurança Urbana (SMSU) reforçou que a Guarda Civil Metropolitana (GCM) atua na área com patrulhamento preventivo e apoio às equipes de saúde e assistência, investigando denúncias de condutas inadequadas.

A questão da Cracolândia permanece um desafio histórico para São Paulo, com soluções que, muitas vezes, dividem opiniões entre autoridades, moradores e ativistas.

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