1 de Maio de 2025
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Nova espécie de palmeira é descoberta na Amazônia

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Pesquisadores ligados ao Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa) e outras universidades descobriram uma nova espécie de palmeira na Amazônia. A espécie encontrada pelos cientistas é do gênero Mauritiella, da família Arecaceae, e foi denominada Mauritiella disticha. As últimas descrições de palmeiras do gênero Mauritiella foram em 1935.

O estudo envolveu uma equipe multidisciplinar formada por ecólogos, botânicos, biogeógrafos e bioinformatas, que acessaram áreas remotas da floresta amazônica. A coleta de referência da espécie encontra-se depositada no Herbário do Inpa.

O processo de descoberta e descrição da nova espécie foi demorado e levou quase 15 anos. A planta foi encontrada pelos pesquisadores pela primeira vez na BR-319 (Manaus-Porto Velho-RO), em 2007, durante um levantamento de inventários florísticos. Um ano depois foi achada na rodovia Transamazônica.

As palmeiras são um dos grupos de plantas mais abundantes na região da Amazônia. De cada 20 espécies de árvores, oito são palmeiras como buriti e açaí. Para o pesquisador do Inpa e um dos descobridores da nova espécie, Eduardo Prata o achado revela o quanto ainda há para se conhecer na flora Amazônica, bioma mais biodiverso do planeta. Prata, porém, lamenta a escassez de recursos para esse tipo de pesquisa.

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“Isso reflete não apenas a elevada diversidade de espécies na Amazônia, como também o baixo número de taxonomistas e a escassez cada vez maior de recursos e investimento em pesquisa na região e no Brasil de uma maneira geral”, disse o biólogo.

Considerada de médio porte, a nova palmeira possui caule coberto de espinhos e alcança até sete metros de altura. As folhas seguem o modelo em leque (flabeliforme) e tem frutos ovais parecidos com os do buriti, mas as escamas possuem tamanho consideravelmente menor.

A espécie é conhecida na bacia do médio Madeira, na região da BR-319 a oeste do Rio Madeira, e na região do rio Aripuanã Transamazônica (Apuí), a leste, no Amazonas. É encontrada em campos abertos e florestas baixas em ecossistemas de areia branca – as campinas e campinaranas, incluindo florestas secundárias próximas a estradas.

Devido ao fato da aparente baixa densidade populacional da palmeira e por ocorrer, em parte, no Arco do Desmatamento, região sujeita à degradação por abertura de estradas, desmatamentos, queimadas e ocupação irregular por grileiros, a distribuição da espécie gera preocupação. Isso levou os pesquisadores a categorizá-la como Vulnerável.

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O trabalho com a nova descoberta foi publicado recentemente em artigo da revista da americana Systematic Botany.

A primeira autoria é compartilhada pelo pesquisador do Inpa Eduardo Prata com Maria Fernanda Jiménez, do Gothenburg Global Biodiversity Centre e do Department of Biological and Environmental Sciences, University of Gothenburg, ambos na Suécia e também é assinado por pesquisadores vinculados ao Laboratório de Ecologia e Evolução de Plantas da Amazônia (Labotam/Inpa), Universidade de Campinas, pelo pesquisador Mario Cohn-Haft (Coleção de Aves/Inpa), e outros 13 autores de instituições do Brasil, Suécia, Alemanha, Holanda, Camarões, França e Reino Unido.

Edição: Kelly Oliveira

Fonte: EBC Geral

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Prefeitura de SP constrói muro na Cracolândia para isolar área de usuários de drogas

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A Prefeitura de São Paulo ergueu um muro na Cracolândia, localizada no Centro da cidade, com cerca de 40 metros de extensão e 2,5 metros de altura, delimitando a área onde usuários de drogas se concentram. A estrutura foi construída na Rua General Couto Magalhães, próxima à Estação da Luz, complementada por gradis que cercam o entorno, formando um perímetro delimitado na Rua dos Protestantes, que se estende até a Rua dos Gusmões.

Segundo a administração municipal, o objetivo é garantir mais segurança às equipes de saúde e assistência social, melhorar o trânsito de veículos na região e aprimorar o atendimento aos usuários. Dados da Prefeitura indicam que, entre janeiro e dezembro de 2024, houve uma redução média de 73,14% no número de pessoas na área.

Críticas e denúncias

No entanto, a medida enfrenta críticas. Roberta Costa, representante do coletivo Craco Resiste, classifica a iniciativa como uma tentativa de “esconder” a Cracolândia dos olhos da cidade, comparando o local a um “campo de concentração”. Ela aponta que o muro limita a mobilidade dos usuários e dificulta a atuação de movimentos sociais que tentam oferecer apoio.

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“O muro não só encarcerou os usuários, mas também impediu iniciativas humanitárias. No Natal, por exemplo, fomos barrados ao tentar distribuir alimentos e arte”, afirma Roberta.

A ativista também denuncia a revista compulsória para entrada no espaço e relata o uso de spray de pimenta por agentes de segurança para manter as pessoas dentro do perímetro.

Impacto na cidade

Embora a concentração de pessoas na Cracolândia tenha diminuído, o número total de dependentes químicos não foi reduzido, como destaca Quirino Cordeiro, diretor do Hub de Cuidados em Crack e Outras Drogas. Ele afirma que, em outras regiões, como a Avenida Jornalista Roberto Marinho (Zona Sul) e a Rua Doutor Avelino Chaves (Zona Oeste), surgiram novas aglomerações.

Custos e processo de construção

O muro foi construído pela empresa Kagimasua Construções Ltda., contratada após processo licitatório em fevereiro de 2024. A obra teve custo total de R$ 95 mil, incluindo demolição de estruturas existentes, remoção de entulho e construção da nova estrutura. A Prefeitura argumenta que o contrato seguiu todas as normas legais.

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Notas da Prefeitura

Em nota, a administração municipal justificou a construção do muro como substituição de um antigo tapume, visando à segurança de moradores, trabalhadores e transeuntes. Além disso, ressaltou os esforços para oferecer encaminhamentos e atendimentos sociais na área.

A Secretaria Municipal de Segurança Urbana (SMSU) reforçou que a Guarda Civil Metropolitana (GCM) atua na área com patrulhamento preventivo e apoio às equipes de saúde e assistência, investigando denúncias de condutas inadequadas.

A questão da Cracolândia permanece um desafio histórico para São Paulo, com soluções que, muitas vezes, dividem opiniões entre autoridades, moradores e ativistas.

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