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Que Merda é Essa! vai às ruas neste domingo para pregar a paz
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O Grêmio Recreativo Esportivo Cultural Bloco Carnavalesco “Que Merda é Essa?!” teve o nome inspirado em antigo bloco de Olinda (PE), e estreou no carnaval do Rio de Janeiro em 1995, caracterizando-se por uma mordaz crítica política. O tema é sempre vinculado a um fato negativo em evidência no momento no Brasil ou no exterior.
Neste ano, o tema escolhido pela agremiação é Paz no Mundo. A arte é de Alecrim, artista que já acompanha o bloco há anos. “Colocamos um palestino e um israelense tomando cerveja, já fantasiados para o carnaval e desejando paz e amor”, disse à Agência Brasil o presidente do bloco, Floriano Torres. “Nosso foco vai ser em cima disso”.
Os componentes do bloco desfilam neste domingo (11). Pela manhã, sai o bloquinho infantil “Que Caquinha é Essa?!”. A concentração do bloco adulto está prevista para as 13h, no bar Paz e Amor, situado na Rua Garcia D’Ávila com Nascimento Silva, em Ipanema, “para a turma bater papo, tomar cerveja”. Às 14h, o bloco sai em direção à praia, seguindo até o Jardim de Alah, na divisa entre Ipanema e Leblon, na zona sul da cidade.
Irreverência
A cada ano, a tônica do bloco é a irreverência, abordando sempre “a merda do momento”. Floriano revelou que a turma fica aguardando os últimos meses do ano para eleger o tema político que é “merda fresca. E essa está fedorenta”, afirmou Torres. Ele defendeu a necessidade de harmonia no mundo, observando que no planeta não pode haver distinção de povos e raças. “Não existe diferença de ninguém. A coisa está muito feia, mas vamos pra frente, harmonizando a paz”.
Atualmente, existem blocos Que Merda é Essa?! em todo o país, informou Floriano Torres. “Existe até uma sede do bloco de Cabo Frio com o mesmo nome, que eu visitei no ano passado. Mas ainda é um bloco muito pequeno. Eu já encontrei uns cinco presidentes do Que Merca é Essa?!”.
Os responsáveis pelos blocos chegaram, inclusive, a discutir a possibilidade de realização de um congresso da Nação Quemerdense. “Só que os políticos não vão gostar de um congresso desse tipo. Nós já pensamos nisso. Esse é o espírito crítico do bloco”, disse Torres.
Ministros
Um dos integrantes famosos do Que Merda é Essa?! foi o economista e ex-ministro do Planejamento dos governos de Emílio Garrastazu Médici e Ernesto Geisel, na ditadura militar, João Paulo dos Reis Velloso. Floriano Torres lembrou que Reis Velloso era presença assídua no bloco.
Na última vez que participou da folia, já bem doente, o ex-ministro e primeiro presidente do Instituto de Pesquisa Econômica e Aplicada (Ipea) chegou à concentração com a esposa, uma enfermeira e alguns familiares, e todos quiseram subir no caminhão de som.
“Quando o vi subir com mais dez pessoas no caminhão de som, disse que não dava para ficar todo mundo. Aí falaram que ele era o ministro e podia”. Apesar de gostar de Velloso, porque “ele era quemerdense”, Floriano falou: “Ele é ministro mas, aqui, eu sou presidente”. E deu ordem para só Velloso, a esposa e a enfermeira subirem. “O resto tem que descer porque aqui não é palanque”, disse. O ex-ministro do Planejamento morreu em casa, de causas naturais, em 19 de fevereiro de 2019, aos 87 anos.
Outro que vestiu a camisa do bloco foi Guido Mantega, ministro do Planejamento, presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e ministro da Fazenda nos dois mandatos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. “Mantega usou a camiseta do “Que Merda é Essa?!”. É um bloco de ministros, senadores”, definiu Torres, sorrindo.
Fonte: EBC GERAL


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Prefeitura de SP constrói muro na Cracolândia para isolar área de usuários de drogas
A Prefeitura de São Paulo ergueu um muro na Cracolândia, localizada no Centro da cidade, com cerca de 40 metros de extensão e 2,5 metros de altura, delimitando a área onde usuários de drogas se concentram. A estrutura foi construída na Rua General Couto Magalhães, próxima à Estação da Luz, complementada por gradis que cercam o entorno, formando um perímetro delimitado na Rua dos Protestantes, que se estende até a Rua dos Gusmões.
Segundo a administração municipal, o objetivo é garantir mais segurança às equipes de saúde e assistência social, melhorar o trânsito de veículos na região e aprimorar o atendimento aos usuários. Dados da Prefeitura indicam que, entre janeiro e dezembro de 2024, houve uma redução média de 73,14% no número de pessoas na área.
Críticas e denúncias
No entanto, a medida enfrenta críticas. Roberta Costa, representante do coletivo Craco Resiste, classifica a iniciativa como uma tentativa de “esconder” a Cracolândia dos olhos da cidade, comparando o local a um “campo de concentração”. Ela aponta que o muro limita a mobilidade dos usuários e dificulta a atuação de movimentos sociais que tentam oferecer apoio.
“O muro não só encarcerou os usuários, mas também impediu iniciativas humanitárias. No Natal, por exemplo, fomos barrados ao tentar distribuir alimentos e arte”, afirma Roberta.
A ativista também denuncia a revista compulsória para entrada no espaço e relata o uso de spray de pimenta por agentes de segurança para manter as pessoas dentro do perímetro.
Impacto na cidade
Embora a concentração de pessoas na Cracolândia tenha diminuído, o número total de dependentes químicos não foi reduzido, como destaca Quirino Cordeiro, diretor do Hub de Cuidados em Crack e Outras Drogas. Ele afirma que, em outras regiões, como a Avenida Jornalista Roberto Marinho (Zona Sul) e a Rua Doutor Avelino Chaves (Zona Oeste), surgiram novas aglomerações.
Custos e processo de construção
O muro foi construído pela empresa Kagimasua Construções Ltda., contratada após processo licitatório em fevereiro de 2024. A obra teve custo total de R$ 95 mil, incluindo demolição de estruturas existentes, remoção de entulho e construção da nova estrutura. A Prefeitura argumenta que o contrato seguiu todas as normas legais.
Notas da Prefeitura
Em nota, a administração municipal justificou a construção do muro como substituição de um antigo tapume, visando à segurança de moradores, trabalhadores e transeuntes. Além disso, ressaltou os esforços para oferecer encaminhamentos e atendimentos sociais na área.
A Secretaria Municipal de Segurança Urbana (SMSU) reforçou que a Guarda Civil Metropolitana (GCM) atua na área com patrulhamento preventivo e apoio às equipes de saúde e assistência, investigando denúncias de condutas inadequadas.
A questão da Cracolândia permanece um desafio histórico para São Paulo, com soluções que, muitas vezes, dividem opiniões entre autoridades, moradores e ativistas.
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