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Sobe para 18 número de mortos em operação no Complexo do Alemão

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Subiu para 18 o número de mortos na operação das forças de segurança realizada nesta quinta-feira (21) no Complexo do Alemão. Segundo a polícia, entre os mortos estão 16 suspeitos de ligações com o crime, além do cabo da Polícia Militar Bruno de Paula Costa e de Letícia Marinho Salles, 50 anos, atingida dentro do carro, em circunstâncias a serem esclarecidas.

Letícia viajava na companhia do namorado e de um primo dele, quando o veículo teria sido alvejado por um policial. Segundo eles, no momento do disparo, o veículo estava parado em um sinal de trânsito após terem saído da comunidade.

Durante coletiva no início da noite, para fazer uma balanço da operação, o coronel Rogério Lobasso, subsecretário de Gestão Operacional da Polícia Militar, disse que o caso está sendo investigado.

“O fato está sendo apurado pela Delegacia de Homicídios (DH). A dinâmica de como ocorreu vai ser esclarecida com a investigação. A Polícia Militar está colaborando plenamente com as informações necessárias para que a gente possa entender o que aconteceu com a senhora Letícia. Lamentamos profundamente a morte dela”, disse Lobasso.

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Também presente na coletiva, o subsecretário da Polícia Civil, delegado Ronaldo Oliveira, enfatizou que a DH investigará com profundidade o que ocorreu no momento em que o carro foi atingido.

“Eu determinei ao diretor da DH, delegado Henrique Damasceno, que cuidasse desse caso de uma maneira bem eficaz e isto está sendo feito. Eu tenho plena confiança nos delegados, tenho certeza que eles vão instaurar um inquérito, apurar dentro de todas as possibilidades necessárias. A Polícia Militar está auxiliando nas investigações. Isso vai ser publicamente explicado. Podem ter certeza que a Polícia Civil e a Polícia Militar vão fazer o possível para apurar tudo o que aconteceu nessa fatalidade”, disse Oliveira.

Presídio federal

Na operação, foram presos cinco suspeitos, incluindo um proveniente do estado do Pará, ligado à mesma facção criminosa que controla o Complexo do Alemão. O governador Cláudio Castro informou nas redes sociais que pediu ao ministro da Justiça, Anderson Torres, a remoção dos criminosos presos na operação para unidades federais.

“Acabo de ligar para o ministro da Justiça, Anderson Torres. Estamos levantando informações sobre os criminosos que atacaram nossos policiais no Complexo do Alemão. Enviaremos os resultados da investigação ao ministério, para que esses criminosos sejam conduzidos para presídios federais”, escreveu Castro.

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Os nomes dos suspeitos mortos ainda não foram divulgados pela polícia, pois continuavam, até o início da noite, em processo de identificação.

Edição: Aline Leal

Fonte: EBC Geral

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Prefeitura de SP constrói muro na Cracolândia para isolar área de usuários de drogas

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A Prefeitura de São Paulo ergueu um muro na Cracolândia, localizada no Centro da cidade, com cerca de 40 metros de extensão e 2,5 metros de altura, delimitando a área onde usuários de drogas se concentram. A estrutura foi construída na Rua General Couto Magalhães, próxima à Estação da Luz, complementada por gradis que cercam o entorno, formando um perímetro delimitado na Rua dos Protestantes, que se estende até a Rua dos Gusmões.

Segundo a administração municipal, o objetivo é garantir mais segurança às equipes de saúde e assistência social, melhorar o trânsito de veículos na região e aprimorar o atendimento aos usuários. Dados da Prefeitura indicam que, entre janeiro e dezembro de 2024, houve uma redução média de 73,14% no número de pessoas na área.

Críticas e denúncias

No entanto, a medida enfrenta críticas. Roberta Costa, representante do coletivo Craco Resiste, classifica a iniciativa como uma tentativa de “esconder” a Cracolândia dos olhos da cidade, comparando o local a um “campo de concentração”. Ela aponta que o muro limita a mobilidade dos usuários e dificulta a atuação de movimentos sociais que tentam oferecer apoio.

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“O muro não só encarcerou os usuários, mas também impediu iniciativas humanitárias. No Natal, por exemplo, fomos barrados ao tentar distribuir alimentos e arte”, afirma Roberta.

A ativista também denuncia a revista compulsória para entrada no espaço e relata o uso de spray de pimenta por agentes de segurança para manter as pessoas dentro do perímetro.

Impacto na cidade

Embora a concentração de pessoas na Cracolândia tenha diminuído, o número total de dependentes químicos não foi reduzido, como destaca Quirino Cordeiro, diretor do Hub de Cuidados em Crack e Outras Drogas. Ele afirma que, em outras regiões, como a Avenida Jornalista Roberto Marinho (Zona Sul) e a Rua Doutor Avelino Chaves (Zona Oeste), surgiram novas aglomerações.

Custos e processo de construção

O muro foi construído pela empresa Kagimasua Construções Ltda., contratada após processo licitatório em fevereiro de 2024. A obra teve custo total de R$ 95 mil, incluindo demolição de estruturas existentes, remoção de entulho e construção da nova estrutura. A Prefeitura argumenta que o contrato seguiu todas as normas legais.

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Notas da Prefeitura

Em nota, a administração municipal justificou a construção do muro como substituição de um antigo tapume, visando à segurança de moradores, trabalhadores e transeuntes. Além disso, ressaltou os esforços para oferecer encaminhamentos e atendimentos sociais na área.

A Secretaria Municipal de Segurança Urbana (SMSU) reforçou que a Guarda Civil Metropolitana (GCM) atua na área com patrulhamento preventivo e apoio às equipes de saúde e assistência, investigando denúncias de condutas inadequadas.

A questão da Cracolândia permanece um desafio histórico para São Paulo, com soluções que, muitas vezes, dividem opiniões entre autoridades, moradores e ativistas.

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