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UFRJ ressalta papel dos jovens na inovação e propriedade intelectual

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A Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) realizou hoje (27) o evento IP DAY UFRJ, com foco na propriedade intelectual e nos jovens que criam inovações visando a um futuro melhor. Gratuito, o evento foi na Inovateca, espaço dedicado ao empreendedorismo e à inovação, inaugurado em novembro do ano passado dentro da universidade, e comemorou o Dia Mundial da Propriedade Intelectual, transcorrido ontem (26).

Participaram da organização a Agência UFRJ de Inovação, o Parque Tecnológico da UFRJ e o Sistema Inova UFRJ, em parceria com a Organização Mundial da Propriedade Intelectual (WIPO, do nome em inglês) e o Instituto Nacional de Propriedade Industrial (INPI).

Segundo o diretor do Parque Tecnológico da UFRJ, Vicente Ferreira, o respeito à propriedade intelectual embute duas questões importantes: a primeira é que a propriedade intelectual incentiva o investimento em pesquisa e desenvolvimento, por “garantir que quem corre o risco de empreender uma coisa que é, por natureza arriscada, caso tenha sucesso, será adequadamente remunerado”.

O outro ponto importante, sobretudo em em um país como o Brasil, é que o respeito à propriedade intelectual permite, mesmo a pessoas sem capital, ter acesso a esse excedente de renda da inovação. Vicente Ferreira destacou o aspecto social e citou a possibilidade de um jovem universitário que, mesmo sem acesso a grandes capitais, consiga criar algo que gere valor para sociedade, com o respeito à propriedade intelectual, “será remunerado por sua invenção”.

Gênero

Ferreira disse que, nas diversas áreas de atuação no setor acadêmico, existe uma barreira natural às questões identitárias de gênero e raça. Ele destacou que,na UFRJ, porém, em termos de gênero, existe uma posição privilegiada.“A gente está razoavelmente acima da média em relação ao que existe nos outros países ibero-americanos”. Segundo Ferreira, no processo acadêmico, de modo geral, os trabalhos são revistos, mas sem  que se saiba quem é o autor, e isso tira o aspecto de discriminação. “Quando a gente olha para o meio acadêmico, embora exista um problema de base na questão do acesso ao gênero feminino nos postos da academia, minha percepção, enquanto professor, é que as pesquisadoras acabam sendo mais produtivas do que os pesquisadores, porque não existe esse viés no processo de revisão”, afirmou.

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Durante o evento IP DAY UFRJ, foram apresentados casos de inovação de duas pesquisadoras jovens das áreas de farmácia e de polímeros, que relataram ser o trabalho longo e árduo porque, para entender o que é novo, é necessário conhecer tudo que existia até então naquelas áreas. Ao mesmo tempo, é um processo também gratificante. “Elas perceberam que o ambiente favorável à ascensão feminina é determinante para o sucesso do que se busca, que é a igualdade de gênero”, disse Ferreira.

A UFRJ é considerada a melhor universidade federal do Brasil pelo QS Latin America, realizado pela consultoria britânica Quacquarelli Symonds em 2021, e uma das 250 melhores instituições de ensino do mundo e segunda melhor da América Latina, pelo Conselho Superior de Investigações Científicas da Espanha.

Inovateca

Fachada do Inovateca, no Parque Industrial da UFRJ Fachada do Inovateca, no Parque Industrial da UFRJ

Espaço Inovateca, aberto em novembro no Parque Industrial da UFRJ, tem formato de cubo mágico – Tomaz Silva/Agência Brasil

O novo espaço Inovateca, que tem formato de cubo mágico, objetiva contribuir para o desenvolvimento científico e econômico da sociedade. Trata-se de um ponto de encontro para compartilhar conteúdo, conexões e experimentação com atividades para o desenvolvimento e apoio de projetos que inspirem iniciativas inovadoras e empreendedoras nos mais diferentes níveis de maturidade. Um lugar onde o meio acadêmico e instituições do setor privado se encontram através das mais diversas atividades e interações.

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Com salas de reunião, arena, auditório e salões de convivência, o espaço reúne alunos, empresas e pessoas interessadas em inovação. Com operação híbrida, a Inovateca funciona física e virtualmente, através de plataforma online. As atividades podem ser realizadas nos dois modelos, o que permite a participação de todos, mesmo a distância.

Situado dentro do Parque Tecnológico, o prédio constitui um dos elementos dentro do sistema de inovação da UFRJ. “A Inovateca tem um gene digital, onde as pessoas também podem interagir”, destacou Vicente Ferreira. Com a retomada das atividades presenciais, será possível haver entrosamento cruzado entre os vários segmentos da universidade. “A boa inovação geralmente nasce de uma diversidade de saber. A Inovateca vem fazendo esse papel.”

O diretor do Parque Tecnológico da UFRJ salientou que o novo espaço congrega todos os segmentos do conhecimento, com o objetivo de inovar e empreender. “!A gente brinca que o aluno da bioquímica que descobriu a molécula, na Inovateca, vai se encontrar com o aluno da engenharia, que vai ajudá-lo a montar o processo de fabricação; com o aluno de administração, que vai ajudá-lo a montar o plano de negócios; com o aluno de contabilidade ou de direito, que vai ajudá-lo na questão fiscal ou de contratualização. Ou seja, a gente consegue congregar, dentro de toda a diversidade que a universidade oferece, essa junção de pessoas que estão interessadas em empreendedorismo e inovação”, acrescentou.

O nome Inovateca foi escolhido após votação aberta para o público nas mídias sociais do Parque Tecnológico, e contém as palavras inovação, biblioteca e brinquedoteca, que sintetizam o objetivo do espaço: ser um ambiente de troca de saberes, propagação do conhecimento, incentivo à criatividade e exploração de novas ideias.

Edição: Nádia Franco

Fonte: EBC Geral

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Prefeitura de SP constrói muro na Cracolândia para isolar área de usuários de drogas

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A Prefeitura de São Paulo ergueu um muro na Cracolândia, localizada no Centro da cidade, com cerca de 40 metros de extensão e 2,5 metros de altura, delimitando a área onde usuários de drogas se concentram. A estrutura foi construída na Rua General Couto Magalhães, próxima à Estação da Luz, complementada por gradis que cercam o entorno, formando um perímetro delimitado na Rua dos Protestantes, que se estende até a Rua dos Gusmões.

Segundo a administração municipal, o objetivo é garantir mais segurança às equipes de saúde e assistência social, melhorar o trânsito de veículos na região e aprimorar o atendimento aos usuários. Dados da Prefeitura indicam que, entre janeiro e dezembro de 2024, houve uma redução média de 73,14% no número de pessoas na área.

Críticas e denúncias

No entanto, a medida enfrenta críticas. Roberta Costa, representante do coletivo Craco Resiste, classifica a iniciativa como uma tentativa de “esconder” a Cracolândia dos olhos da cidade, comparando o local a um “campo de concentração”. Ela aponta que o muro limita a mobilidade dos usuários e dificulta a atuação de movimentos sociais que tentam oferecer apoio.

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“O muro não só encarcerou os usuários, mas também impediu iniciativas humanitárias. No Natal, por exemplo, fomos barrados ao tentar distribuir alimentos e arte”, afirma Roberta.

A ativista também denuncia a revista compulsória para entrada no espaço e relata o uso de spray de pimenta por agentes de segurança para manter as pessoas dentro do perímetro.

Impacto na cidade

Embora a concentração de pessoas na Cracolândia tenha diminuído, o número total de dependentes químicos não foi reduzido, como destaca Quirino Cordeiro, diretor do Hub de Cuidados em Crack e Outras Drogas. Ele afirma que, em outras regiões, como a Avenida Jornalista Roberto Marinho (Zona Sul) e a Rua Doutor Avelino Chaves (Zona Oeste), surgiram novas aglomerações.

Custos e processo de construção

O muro foi construído pela empresa Kagimasua Construções Ltda., contratada após processo licitatório em fevereiro de 2024. A obra teve custo total de R$ 95 mil, incluindo demolição de estruturas existentes, remoção de entulho e construção da nova estrutura. A Prefeitura argumenta que o contrato seguiu todas as normas legais.

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Notas da Prefeitura

Em nota, a administração municipal justificou a construção do muro como substituição de um antigo tapume, visando à segurança de moradores, trabalhadores e transeuntes. Além disso, ressaltou os esforços para oferecer encaminhamentos e atendimentos sociais na área.

A Secretaria Municipal de Segurança Urbana (SMSU) reforçou que a Guarda Civil Metropolitana (GCM) atua na área com patrulhamento preventivo e apoio às equipes de saúde e assistência, investigando denúncias de condutas inadequadas.

A questão da Cracolândia permanece um desafio histórico para São Paulo, com soluções que, muitas vezes, dividem opiniões entre autoridades, moradores e ativistas.

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