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Proposta por OABs da região Sul, ferramenta que facilita pagamentos concorre ao prêmio Innovare

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Desde 9 de junho de 2020, o EPROC do TRF da 4ª Região (TRF4) conta com uma ferramenta para facilitar o pagamento de requisições de pequeno valor (RPVs) ou precatórios. A ferramenta foi proposta pelas OABs do Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná como forma de garantir os pagamentos durante a pandemia. A ideia foi tão exitosa que foi mantida e vai concorrer à edição deste ano do Prêmio Innovare. 

Nesta sexta-feira (27/5), a Assessoria de Projetos e Inovação do TRF4 recebeu representantes da OAB Nacional, das três seccionais do Sul e do Prêmio Innovare para a apresentação de um balanço do uso da ferramenta até aqui. Dentre os comentários, os presentes elogiaram o modelo e ressaltaram que ele veio para ficar, por ser uma ferramenta bastante completa, efetiva, com boa adesão da advocacia, segurança, rastreabilidade, confiabilidade. 

Como funciona a ferramenta

O diálogo que deu início aos trabalhos de construção da ferramenta surgiu em reunião do Fórum Interinstitucional Previdenciário Regional, em que se estabeleceu o projeto da ferramenta “Petição Eletrônica – Pedido de TED”, no EPROC. 

Nela, o advogado da parte indica as contas para pagamento dos valores devidos em RPVs ou precatórios e dos honorários. No mesmo local, também é possível informar se deve haver a retenção ou isenção de Imposto de Renda, inclusive para escritórios advocatícios que integram o SIMPLES.

De acordo com o vice-presidente da OAB Nacional, presidente da seccional da OAB de Santa Catarina na época e no exercício da Presidência do Conselho Federal de forma interina, Rafael Horn, todo esse movimento é resultado da interlocução que a Ordem tem com a Justiça Federal, que sempre está aberta ao diálogo e à disposição da advocacia, principalmente quando da pandemia. 

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Agilidade e celeridade

“A prova dessa parceria é a sensibilidade em atender o nosso pleito e proporcionar a continuidade aos pagamentos por meio do EPROC, via TED”, destacou Horn. “Foi uma grande inovação, com a participação da Ordem, durante a pandemia, e que merece se perpetuar porque deu agilidade e celeridade na entrega da prestação jurisdicional”, pontuou.

Na ocasião, debateram o tema representantes do setor de Precatórios do TRF4, do Judiciário Federal, das seccionais da OAB-PR, OAB-RS e OAB-RS, do Banco do Brasil e da Caixa Econômica Federal.

Ainda segundo Horn, a continuidade do serviço é uma conquista para a advocacia, uma vez que os bancos pressionaram pelo encerramento dos pagamentos via TED e a retomada apenas dos pagamentos presenciais.

A conselheira federal (SC) Gisele Kravchychyn fez parte dos debates junto ao TRF4 e afirma que “a ferramenta facilita ao garantir o pagamento sem a necessidade de comparecimento presencial no banco. Os bancos, após efetuarem a transferência, juntam os comprovantes nos autos. Ganha a sociedade e a advocacia. Parabéns a todos os envolvidos no aprimoramento do procedimento e ao TRF4 por ter atendido ao pedido da advocacia e garantido a continuidade da funcionalidade mesmo após o retorno dos atendimentos presenciais”.

A atual presidente da OAB-SC, Cláudia Prudêncio, também comemora a continuidade da proposta. “Esta foi mais uma iniciativa da seccional catarinense para trazer facilidades à advocacia, que vai ao encontro da realidade pós-pandemia. A OAB Santa Catarina sempre buscou estar na vanguarda da inovação e da inclusão. A indicação ao Prêmio Innovare vem para coroar o projeto”, disse.

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“A iniciativa é louvável em todos os sentidos, pois facilita a vida dos advogados e da população. A tecnologia deve ser aliada da efetividade da Justiça”, afirmou Marilena Winter, presidente da OAB Paraná. O presidente da seccional à época também afirmou que a pandemia exigiu soluções inovadoras e rápidas. “A transferência de recursos nos processos judiciais de forma ágil, por meio de TED, foi uma das novidades que veio para ficar e que deve ser aplaudida. Fruto de debates e esforços do TRF4,  advocacia, Banco do Brasil e CEF, foi, sem dúvida alguma, um avanço que permitiu a efetivação da tutela jurisdicional e da cidadania, em tempos de tantas carências e emergências”, destacou Cássio Telles.

Leonardo Lamachia, presidente da OAB-RS, não poupou elogios à ferramenta. “Para a OAB do Rio Grande do Sul, é um orgulho ter levado, ao Fórum Interinstitucional Previdenciário, em um momento de pandemia e dificuldades, essa ideia de pagamento automático/pedido de TED. Com muito trabalho das três OABs do Sul, da Corregedoria e de todos os componentes do Fórum, essa ideia foi efetivada e possibilitou o pagamento neste momento tão necessário para a cidadania na Região Sul”, disse.

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CNJ identifica ‘esquema organizado de venda de decisões’ envolvendo desembargador e Zampieri

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A decisão do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), órgão responsável por administrar e fiscalizar o Poder Judiciário, recebeu o desembargador Sebastião de Moraes Filho, do Tribunal de Justiça de Mato Grosso, levantando suspeitas de venda de decisões judiciais e pagamentos realizados via PIX e até em barras de ouro. Sebastião de Moraes Filho foi afastado de suas funções em agosto enquanto o CNJ investiga a possibilidade de ele ter recebido propinas em troca de decisões.

O caso também é alvo de um inquérito criminal e foi considerado de tal gravidade que o ministro Luís Felipe Salomão, então corregedor do CNJ, levou a questão ao ministro Luís Roberto Barroso, presidente do conselho, para uma solução em conjunto. “Evidenciam-se elementos suficientes para recomendar o afastamento do magistrado, na medida em que não é possível que o desembargador permaneça em atuação em unidade tão sensível, como é um gabinete de segundo grau de câmara de direito privado”, diz um trecho da decisão , referendada pelo plenário do CNJ.

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Conversas obtidas no celular do advogado Roberto Zampieri, que foi assassinado em dezembro de 2023, na porta de seu escritório em Cuiabá, colocaram o desembargador na mira do CNJ. Ao todo, eles trocaram 768 mensagens entre 14 de junho de 2023 e 5 de dezembro de 2023, revelando uma relação próxima, com trocas sobre futebol e viagens, além de livre acesso ao gabinete do desembargador.

As mensagens também indicam a influência do advogado no trabalho do magistrado e o pagamento de propinas para decisões desenvolvidas aos clientes de Zampieri. Em uma das conversas, o advogado afirma que “o Pix está errado, estornou o valor”. “Tente mandar o Pix correto que faço agora”, acrescenta.

Cinco dias depois, informa que “o pagamento da sobrinha foi feito”, anexa um comprovante de transferência de R$ 10 mil e solicita o adiamento de um julgamento. Em outubro, Zampieri menciona ter alcançado “um contrato muito bom para o Mauro” e continua: “O senhor vai ficar feliz com o contrato que consegui para ele”. Mauro, segunda suspeita do CNJ, é o advogado Mauro Thadeu Prado de Moraes, filho do desembargador. Em outra mensagem, o advogado envia ao magistrado uma imagem de duas barras de ouro, de 400 gramas, que foram usadas como pagamento de propinas.

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