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POLITÍCA NACIONAL

Com mais de 7 mil propostas em 20 anos, atuação de mulheres no Congresso é tema de exposição na Câmara

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POLITÍCA NACIONAL

Vinicius Loures/Câmara dos Deputados
Exposição “Mulheres: histórias e conquistas”. Dep. Yandra Moura (UNIAO - SE), Dep. Maria Rosas (REPUBLICANOS - SP) e Luisa Canziani (PSD - PR)
Deputadas Yandra Moura, Maria Rosas (centro) e Luisa Canziani

Mais de 7.800 propostas legislativas tiveram origem na iniciativa feminina nos últimos 20 anos. Na última legislatura, entre 2019 a 2022, foram aprovadas 218 proposições e sancionadas 103 leis do interesse da mulher, segundo levantamento da Secretaria da Mulher da Câmara dos Deputados.

Esse é o ponto de partida para a exposição “Mulheres: histórias e conquistas”, inaugurada nesta terça-feira (14) pela Secretaria da Mulher e o Centro Cultural da Câmara dos Deputados. O evento é parte da campanha “Março Mulher”, que debate a igualdade de gênero.

A ideia é revisitar conquistas políticas das mulheres, passando pelo direito ao voto em 1932; a eleição da primeira deputada, Carlota Pereira de Queirós, em 1933; a atuação da chamada “bancada do batom” durante a Constituinte; chegando à legislatura atual com o recorde de 91 deputadas federais eleitas.

“Um trabalho significativo e respeitável, por isso queremos narrar uma história de conquistas por meio desse painel. Nosso objetivo é contribuir para que a sociedade respeite e valorize cada vez mais a mulher”, destacou a procuradora da Mulher, deputada Maria Rosas (Republicanos-SP).

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A linha cronológica reforça a conscientização sobre a importância do trabalho das mulheres na política desde o século 19 e tem impacto no desafio enfrentado pelas deputadas atuais.

“A exposição expressa apenas uma parte linda, a história de lutas e conquistas das mulheres, mas é fundamental prestar atenção a cada um desses painéis para conhecer, relembrar e reverenciar cada etapa dessas conquistas”, pontuou a coordenadora da bancada feminina, deputada Luisa Canziani (PSD-PR).

“Para a gente estar aqui hoje como deputadas federais representando não só as mulheres, a gente precisou de muitas mulheres que destravaram um mundo político que ainda é um lugar masculino”, frisou a deputada Franciane Bayer (Republicanos-RS).

“A nossa luta está apenas começando, já tivemos tantas conquistas, mas ao mesmo tempo temos tanto que avançar”, disse a deputada Nely Aquino (Pode-MG).

Vinicius Loures/Câmara dos Deputados
Exposição “Mulheres: histórias e conquistas”. Dep. Benedita da Silva (PT - RJ)
Benedita da Silva lembrou seu período durante a Constituinte

Invisíveis
A deputada Benedita da Silva (PT-RJ), que integrou a Assembleia Nacional Constituinte (1987-1988), reforçou que a presença feminina faz diferença no Parlamento, inclusive como forma de afirmar sua ocupação dos espaços, antes reservados apenas aos homens.

Ela lembrou da primeira reivindicação coletiva das deputadas para implantar um banheiro feminino no Plenário, durante a Constituinte. “Despertamos nos parlamentares o quanto somos invisíveis ao ponto de a população nos trazer a essa Casa, e essa Casa não ter todos os equipamentos que possam nos ajudar”, disse.

Vinicius Loures/Câmara dos Deputados
Exposição “Mulheres: histórias e conquistas”. Dep. Delegada Ione (AVANTE - MG)
Delegada Ione: violência é uma situação e não um destino

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Desafios
A deputada Delegada Ione (Avante-MG) elogiou as conquistas, mas observou que um dos desafios desta legislatura é romper com o discurso de que à mulher sempre será atribuído o papel de vítima. “A violência não é um destino, por isso a Lei Maria da Penha fala em mulher em situação de violência, ou seja, aqui é uma situação e não um destino”, frisou a parlamentar, que atuou como delegada da Mulher.

A exposição tem curadoria da assessora técnica Iara Cordeiro, que atua na Secretaria da Mulher desde seu início, e pode ser visitada até o dia 24 de março no corredor Tereza de Benguela, que dá acesso ao Plenário.

Reportagem – Emanuelle Brasil
Edição – Roberto Seabra

Fonte: Câmara dos Deputados Federais

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MATO GROSSO

Governo Lula cede à pressão e revoga norma de monitoramento do Pix

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O governo federal anunciou, nesta terça-feira (15), a revogação da norma da Receita Federal que ampliava o monitoramento das movimentações financeiras, incluindo transações realizadas via Pix. A decisão foi confirmada pelo secretário da Receita, Robison Barreirinhas, após uma reunião com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva no Palácio do Planalto.

A medida, que inicialmente previa que operadoras de cartões de crédito, fintechs e carteiras digitais informassem à Receita transações acima de R$ 5 mil mensais realizadas por pessoas físicas, gerou uma onda de críticas e pânico na população. Essa ampliação do monitoramento, que antes era restrito aos bancos tradicionais, foi vista como uma ameaça à privacidade financeira e desencadeou reações negativas em massa, especialmente nas redes sociais.

Sensação de insegurança e repercussão negativa

Segundo Barreirinhas, a norma foi alvo de distorções que acabaram gerando um clima de insegurança. Para evitar maiores danos, o governo optou por revogar a medida. “Houve um grande mal-entendido que prejudicou a confiança da população, algo que nunca foi a intenção da Receita Federal”, explicou o secretário.

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Além disso, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, anunciou que o governo editará uma medida provisória (MP) com o objetivo de assegurar a gratuidade e o sigilo do Pix. “Queremos garantir que o Pix continue sendo um instrumento acessível e confiável, sem qualquer tipo de taxação ou diferenciação de taxas em relação a pagamentos em dinheiro”, afirmou Haddad.

Fake news e manipulação política

A decisão também foi motivada pela disseminação de informações falsas que alimentaram a desconfiança pública. Um vídeo do deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) alertando para uma suposta taxação futura do Pix viralizou nas redes sociais, pressionando ainda mais o governo. Haddad criticou a postura de políticos que, segundo ele, agiram de forma irresponsável para manipular a opinião pública e ampliar a insatisfação.

Compromisso com transparência

Apesar da revogação, Haddad reiterou que o governo continuará trabalhando para regulamentar o sistema financeiro, promovendo segurança e transparência, mas sem prejudicar trabalhadores informais ou pequenos empreendedores. “O governo está atento à necessidade de modernizar a regulamentação sem colocar em risco o bem-estar da população”, concluiu.

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A revogação da norma marca um recuo significativo do governo Lula, que decidiu agir rapidamente para conter os danos políticos e restaurar a confiança pública em um dos sistemas financeiros mais utilizados e valorizados pelos brasileiros.

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