POLITÍCA NACIONAL
Comissão aprova proibição a pesca de arrasto
POLITÍCA NACIONAL

A Comissão do Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável da Câmara dos Deputados aprovou o Projeto de Lei 347/22, que proíbe a pesca de arrasto – puxada por embarcações motorizadas – em águas continentais (rios e lagos), no mar territorial (22 km do litoral) e na zona econômica exclusiva do País (até 370 km da costa).
De autoria do deputado Carlos Gomes (Republicanos-RS), a proposta altera a Política Nacional de Desenvolvimento Sustentável da Aquicultura e da Pesca também para prever um sistema nacional de controle da origem do pescado.
O parecer do relator, deputado Covatti Filho (PP-RS), foi favorável ao projeto. Ele alerta que os estoques pesqueiros brasileiros estão em franco declínio há muitos anos, conforme constatado pelo Programa de Avaliação do Potencial Sustentável de Recursos Vivos na Zona Econômica Exclusiva (ReviZEE), coordenado pela Marinha do Brasil.
Segundo ele, o Brasil já pode ter comprometido 80% dos recursos pesqueiros com pescas predatórias (sobrepesca). “Entre as piores práticas pesqueiras está o arrasto, empregado por meio de redes cônicas puxadas por uma ou duas embarcações, capturando peixes em profundidades variáveis, a partir de 40 metros, podendo ultrapassar os 200 metros de profundidade”, afirmou Covatti Filho.
O parlamentar explicou que, muitas vezes essas redes atingem o fundo oceânico, deslocando sedimentos, rochas e corais e “provocando grande impacto ambiental, inclusive com o massivo aprisionamento de peixes sem valor comercial, além de mamíferos marinhos e outros organismos que são mortos sem qualquer aproveitamento”.
Ele citou ainda estudo realizado pela Oceana Brasil, que estimou o descarte médio de 39,6% de todo o pescado pelas frotas de arrasto no Sul e Sudeste.
Leis estaduais
A proposta permite que lei estadual estabeleça exceções à vedação definitiva de redes de arrasto no mar territorial da respectiva unidade da Federação, desde que a decisão tenha bases científicas que assegurem a sustentabilidade dessa modalidade de pesca.
Covatti Filho lembrou que dois estados brasileiros, Amapá e Rio Grande do Sul, já publicaram leis proibindo pesca de arrasto nos respectivos mares territoriais (a faixa de doze milhas marítimas de largura a partir do litoral).
“Em ambos os casos, impetraram-se ações diretas de inconstitucionalidade, alegando que essa competência seria da União”, destacou. “A ADI referente à Lei Estadual 64/93 já foi julgada, assegurando-se ao estado do Amapá competência para disciplinar a pesca em seu mar territorial”, informou. “A ADI relativa à Lei Estadual 15.223/18, do Rio Grande do Sul, ainda não foi julgada”, completou.
Controle
Por fim, o texto aprovado estabelece que o Registro Geral da Atividade Pesqueira (RGP) deverá ser usado para integrar dados de pescadores, empresas e embarcações de diferentes entes federativos, sendo a inscrição estadual no RGP condição prévia para o exercício da pesca em águas continentais, no mar territorial e na zona econômica exclusiva.
Tramitação
O projeto será analisado ainda, em caráter conclusivo, pelas Comissões de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural; e de Constituição e Justiça e de Cidadania.
Reportagem – Lara Haje
Edição – Natalia Doederlein
Fonte: Câmara dos Deputados Federais


MATO GROSSO
Governo Lula cede à pressão e revoga norma de monitoramento do Pix
O governo federal anunciou, nesta terça-feira (15), a revogação da norma da Receita Federal que ampliava o monitoramento das movimentações financeiras, incluindo transações realizadas via Pix. A decisão foi confirmada pelo secretário da Receita, Robison Barreirinhas, após uma reunião com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva no Palácio do Planalto.
A medida, que inicialmente previa que operadoras de cartões de crédito, fintechs e carteiras digitais informassem à Receita transações acima de R$ 5 mil mensais realizadas por pessoas físicas, gerou uma onda de críticas e pânico na população. Essa ampliação do monitoramento, que antes era restrito aos bancos tradicionais, foi vista como uma ameaça à privacidade financeira e desencadeou reações negativas em massa, especialmente nas redes sociais.
Sensação de insegurança e repercussão negativa
Segundo Barreirinhas, a norma foi alvo de distorções que acabaram gerando um clima de insegurança. Para evitar maiores danos, o governo optou por revogar a medida. “Houve um grande mal-entendido que prejudicou a confiança da população, algo que nunca foi a intenção da Receita Federal”, explicou o secretário.
Além disso, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, anunciou que o governo editará uma medida provisória (MP) com o objetivo de assegurar a gratuidade e o sigilo do Pix. “Queremos garantir que o Pix continue sendo um instrumento acessível e confiável, sem qualquer tipo de taxação ou diferenciação de taxas em relação a pagamentos em dinheiro”, afirmou Haddad.
Fake news e manipulação política
A decisão também foi motivada pela disseminação de informações falsas que alimentaram a desconfiança pública. Um vídeo do deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) alertando para uma suposta taxação futura do Pix viralizou nas redes sociais, pressionando ainda mais o governo. Haddad criticou a postura de políticos que, segundo ele, agiram de forma irresponsável para manipular a opinião pública e ampliar a insatisfação.
Compromisso com transparência
Apesar da revogação, Haddad reiterou que o governo continuará trabalhando para regulamentar o sistema financeiro, promovendo segurança e transparência, mas sem prejudicar trabalhadores informais ou pequenos empreendedores. “O governo está atento à necessidade de modernizar a regulamentação sem colocar em risco o bem-estar da população”, concluiu.
A revogação da norma marca um recuo significativo do governo Lula, que decidiu agir rapidamente para conter os danos políticos e restaurar a confiança pública em um dos sistemas financeiros mais utilizados e valorizados pelos brasileiros.
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