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Debatedores apontam medidas para reduzir mortes violentas de jovens negros

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Dados do Fórum Brasileiro de Segurança Pública mostram que, em 2021, 77% das vítimas de homicídio e 84% dos mortos em ações policiais eram negros. Na Câmara dos Deputados, a Comissão de Direitos Humanos realizou, na semana da Consciência Negra, audiência pública sobre a construção de um Pacto Republicano Pela Redução dos Homicídios dos Jovens Negros no Brasil.

A audiência começou com uma homenagem à deputada Benedita da Silva (PT-RJ), única mulher negra da Constituinte de 1988. “Eu fiquei muito emocionada porque no momento da Constituinte foram defesas feitas com muita qualidade e muito conteúdo dos movimentos sociais, carregando assim sua luta e trazendo esperança e expectativa de que as leis poderiam protegê-los”, afirmou.

O representante do Ministério dos Direitos Humanos Rafael Moreira da Silva disse que em um País que mata quase 40 mil negros por ano, os outros negros são apenas sobreviventes. “A condição de vida de um sobrevivente não permite a vida plena que o mundo e a nossa existência podem proporcionar. Não nos permite viver com felicidade”, afirmou.

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O representante do Ministério da Igualdade Racial no debate, Yuri Silva, falou sobre o Plano Juventude Negra Viva, que está para ser lançado pelo governo. “O decreto prevê a vinculação da pauta de juventude negra com os próximos planos plurianuais, ou seja, a institucionalização, dentro do instrumento de planejamento e orçamento do governo federal, de uma prioridade”.

A assessora especial do ministério da Justiça, Tamires Sampaio, falou do Pronasci Juventude, um programa do Poder Executivo de prevenção à morte violenta de jovens. Segundo ela, o projeto tem como foco jovens que passaram pelo sistema socioeducativo, que estão em situação de violência doméstica, que são filhos de mulheres com medidas protetivas, ou vivem em famílias que estão no cadastro único.

“Queremos articular o acompanhamento multidisciplinar da formação em direito para esses jovens e da capacitação profissional, inclusive, ligado à inclusão produtiva que está sendo construída junto ao Ministério do Trabalho e ao Sebrae”, explicou.

Para o deputado Paulão (PT-AL) é preciso melhorar a formação dos policiais. “Enquanto houver polícias militares dependentes da doutrina das Forças Armadas a gente continuará tendo problema. Essa estrutura de segurança tem que ser repensada. A população tem medo da polícia e a polícia tem medo da população”, avaliou

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Reportagem – Mariana Przytyk
Edição – Rachel Librelon

Fonte: Câmara dos Deputados

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Governo Lula cede à pressão e revoga norma de monitoramento do Pix

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O governo federal anunciou, nesta terça-feira (15), a revogação da norma da Receita Federal que ampliava o monitoramento das movimentações financeiras, incluindo transações realizadas via Pix. A decisão foi confirmada pelo secretário da Receita, Robison Barreirinhas, após uma reunião com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva no Palácio do Planalto.

A medida, que inicialmente previa que operadoras de cartões de crédito, fintechs e carteiras digitais informassem à Receita transações acima de R$ 5 mil mensais realizadas por pessoas físicas, gerou uma onda de críticas e pânico na população. Essa ampliação do monitoramento, que antes era restrito aos bancos tradicionais, foi vista como uma ameaça à privacidade financeira e desencadeou reações negativas em massa, especialmente nas redes sociais.

Sensação de insegurança e repercussão negativa

Segundo Barreirinhas, a norma foi alvo de distorções que acabaram gerando um clima de insegurança. Para evitar maiores danos, o governo optou por revogar a medida. “Houve um grande mal-entendido que prejudicou a confiança da população, algo que nunca foi a intenção da Receita Federal”, explicou o secretário.

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Além disso, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, anunciou que o governo editará uma medida provisória (MP) com o objetivo de assegurar a gratuidade e o sigilo do Pix. “Queremos garantir que o Pix continue sendo um instrumento acessível e confiável, sem qualquer tipo de taxação ou diferenciação de taxas em relação a pagamentos em dinheiro”, afirmou Haddad.

Fake news e manipulação política

A decisão também foi motivada pela disseminação de informações falsas que alimentaram a desconfiança pública. Um vídeo do deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) alertando para uma suposta taxação futura do Pix viralizou nas redes sociais, pressionando ainda mais o governo. Haddad criticou a postura de políticos que, segundo ele, agiram de forma irresponsável para manipular a opinião pública e ampliar a insatisfação.

Compromisso com transparência

Apesar da revogação, Haddad reiterou que o governo continuará trabalhando para regulamentar o sistema financeiro, promovendo segurança e transparência, mas sem prejudicar trabalhadores informais ou pequenos empreendedores. “O governo está atento à necessidade de modernizar a regulamentação sem colocar em risco o bem-estar da população”, concluiu.

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A revogação da norma marca um recuo significativo do governo Lula, que decidiu agir rapidamente para conter os danos políticos e restaurar a confiança pública em um dos sistemas financeiros mais utilizados e valorizados pelos brasileiros.

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