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Especialistas apoiam proposta que institui política de saúde funcional

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Especialistas reunidos pela Comissão de Legislação Participativa da Câmara dos Deputados defenderam nesta terça-feira (8) a aprovação do Projeto de Lei 1673/21, que institui a Política Nacional de Saúde Funcional, baseada na Classificação Internacional de Funcionalidade, Incapacidade e Saúde (CIF).

Segundo a avaliação do médico Eduardo Cordeiro, representante da Associação Internacional de Especialistas e Pesquisadores em Funcionalidade e CIF na audiência pública, essa proposta “não muda muita coisa” na estrutura do Sistema Único de Saúde (SUS), mas deverá apresentar impactos sociais e econômicos.

“Do ponto de vista prático, [o projeto] muda a organização do sistema e introduz o pensamento biopsicossocial”, disse Eduardo Cordeiro. “Isso beneficiará pessoas tanto do ponto de vista assistencial quanto do direito social, com a inclusão por meio de cotas ou com auxílio-doença e aposentadoria especial, entre outros.”

O PL 1673/21 está atualmente em análise na Comissão de Saúde da Câmara. Em razão do início da atual legislatura, foi designada como relatora a deputada Iza Arruda (MDB-PE).

Ao apresentar a proposta, o ex-deputado Dr. Leonardo (MT) defendeu a avaliação da saúde funcional, do bem-estar e da qualidade de vida dos brasileiros. “Cada vez mais há a necessidade de acompanhar pessoas convivendo com limitações de atividades e com restrições da participação social”, justificou o ex-parlamentar.

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“A Classificação Estatística Internacional de Doenças e Problemas Relacionados à Saúde (CID), amplamente utilizada, é insuficiente para classificar e descrever o contexto em que esses problemas acontecem”, acrescentou Dr. Leonardo. “A CIF é capaz de gerar dados mais compatíveis com a realidade dos indivíduos”, reforçou.

Para a deputada Erika Kokay (PT-DF), que sugeriu o debate e dirigiu os trabalhos, a adoção da Política Nacional de Saúde Funcional será de extrema importância. “A CIF é uma ferramenta que pode ajudar na compreensão das necessidades das pessoas com doenças crônicas e na definição de políticas públicas”, afirmou.

“Saúde não é contraponto de doença, e a ausência de doença não significa que eu tenho saúde”, avaliou Erika Kokay na audiência pública. “Saúde deve significar qualidade de vida, e a qualidade de vida deve significar que tenho funcionalidade para as diversas atividades que reafirmam a condição humana”, acrescentou.

Dados de 2014 indicam, segundo a deputada, que doenças crônicas afetam cerca de 40% da população brasileira. “Esse universo é desafiador, devido aos possíveis acometimentos e comprometimentos que interferem na capacidade do indivíduo de desenvolver atividades diárias”, disse Erika Kokay.

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Equipes interdisciplinares
Durante a audiência pública, os especialistas defenderam ainda a necessidade de equipes interdisciplinares atuarem no Sistema Único de Saúde (SUS) no atendimento de doenças crônicas, com foco na reabilitação física e mental desses pacientes. Esse trabalho poderia resultar na redução dos gastos públicos com saúde e com previdência e assistência social.

“O debate foi esclarecedor”, avaliou a deputada Professora Goreth (PDT-AP), que concordou com as manifestações favoráveis ao PL 1673/21. “As pessoas querem produzir para fazermos um País melhor, mas não conseguem”, disse.

Participantes
Também participaram da audiência pública o coordenador-geral de Saúde da Pessoa com Deficiência do Ministério da Saúde, Arthur Medeiros; o professor e pesquisador da Universidade Federal do Rio Grande do Sul Wolnei Caumo; o reumatologista do Hospital de Base de Brasília Roberto Rodrigues Filho; e os representantes da Associação Nacional de Fibromiálgicos e Doenças Correlacionadas, Genilza Valente; da Associação Nacional de Lúpus, Djane Bento; do Grupo CIF Brasil, Nadja Vilela; e da Sociedade de Dor do Distrito Federal, Carlos Gropen Júnior.

Reportagem – Ralph Machado
Edição – Rodrigo Bittar

Fonte: Câmara dos Deputados

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Governo Lula cede à pressão e revoga norma de monitoramento do Pix

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O governo federal anunciou, nesta terça-feira (15), a revogação da norma da Receita Federal que ampliava o monitoramento das movimentações financeiras, incluindo transações realizadas via Pix. A decisão foi confirmada pelo secretário da Receita, Robison Barreirinhas, após uma reunião com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva no Palácio do Planalto.

A medida, que inicialmente previa que operadoras de cartões de crédito, fintechs e carteiras digitais informassem à Receita transações acima de R$ 5 mil mensais realizadas por pessoas físicas, gerou uma onda de críticas e pânico na população. Essa ampliação do monitoramento, que antes era restrito aos bancos tradicionais, foi vista como uma ameaça à privacidade financeira e desencadeou reações negativas em massa, especialmente nas redes sociais.

Sensação de insegurança e repercussão negativa

Segundo Barreirinhas, a norma foi alvo de distorções que acabaram gerando um clima de insegurança. Para evitar maiores danos, o governo optou por revogar a medida. “Houve um grande mal-entendido que prejudicou a confiança da população, algo que nunca foi a intenção da Receita Federal”, explicou o secretário.

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Além disso, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, anunciou que o governo editará uma medida provisória (MP) com o objetivo de assegurar a gratuidade e o sigilo do Pix. “Queremos garantir que o Pix continue sendo um instrumento acessível e confiável, sem qualquer tipo de taxação ou diferenciação de taxas em relação a pagamentos em dinheiro”, afirmou Haddad.

Fake news e manipulação política

A decisão também foi motivada pela disseminação de informações falsas que alimentaram a desconfiança pública. Um vídeo do deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) alertando para uma suposta taxação futura do Pix viralizou nas redes sociais, pressionando ainda mais o governo. Haddad criticou a postura de políticos que, segundo ele, agiram de forma irresponsável para manipular a opinião pública e ampliar a insatisfação.

Compromisso com transparência

Apesar da revogação, Haddad reiterou que o governo continuará trabalhando para regulamentar o sistema financeiro, promovendo segurança e transparência, mas sem prejudicar trabalhadores informais ou pequenos empreendedores. “O governo está atento à necessidade de modernizar a regulamentação sem colocar em risco o bem-estar da população”, concluiu.

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A revogação da norma marca um recuo significativo do governo Lula, que decidiu agir rapidamente para conter os danos políticos e restaurar a confiança pública em um dos sistemas financeiros mais utilizados e valorizados pelos brasileiros.

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