POLITÍCA NACIONAL
Especialistas defendem descarbonização da indústria para reduzir gases do efeito estufa
POLITÍCA NACIONAL
Representantes de instituições defenderam a descarbonização da indústria nacional para a consequente redução da emissão de gases do efeito estufa (GEEs). O tema foi discutido na terça-feira (29), na Câmara dos Deputados, em audiência pública realizada pela Comissão Especial da Transição Energética e Produção de Hidrogênio Verde.
A chamada transição energética – substituição da geração e consumo de energia a partir de combustíveis fósseis (aqueles com alto teor de carbono) por fontes renováveis – é considerada fundamental pelos especialistas para um futuro mais sustentável.
Segundo relatório publicado neste ano pelo Observatório do Clima em conjunto com o Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (Ipam) e outras entidades parceiras, o Brasil teve, em 2021, o segundo maior aumento de emissões de gases de efeito estufa em um período de quase duas décadas.
De acordo com a agência de financiamento industrial do BNDES, o Brasil é hoje o quinto maior emissor mundial de GEEs. Entretanto, enquanto os demais países possuem cerca de 70% das emissões relacionadas ao setor de energia, as emissões brasileiras são causadas, principalmente, pela agropecuária e o desmatamento.
Alto custo
Na indústria, os segmentos de metalurgia e cimento foram responsáveis por 52% das emissões brasileiras de GEEs no ano passado, informou a diretora do Departamento de Transição Energética do Ministério de Minas e Energia, Mariana de Assis. Ela explicou que o alto custo dificulta a troca dos derivados de carbono pelo hidrogênio verde no País. “A gente precisa ter a redução de custos dessas tecnologias para que elas se mostrem viáveis economicamente.”
Mariana acrescentou que, atualmente, as principais plantas-piloto de hidrogênio verde no Brasil estão nas refinarias de petróleo, que utilizam o hidrogênio para produzir combustíveis com menores teores de enxofre. A diretora ressaltou que ainda é necessário “muito investimento em ciência, tecnologia e inovação para conseguir induzir essas transformações no País”.
Importação
Por sua vez, o presidente da Associação Brasileira da Indústria Química (Abiquim), André Passos, disse que esse segmento emite até 35% menos gases de efeito estufa do que os países europeus, e até 51% menos do que o resto do mundo, tornando-se uma indústria muito bem posicionada nesse quesito.
Ele apontou que o problema no Brasil é causado principalmente pelos produtos químicos enviados pelos Estados Unidos e por nações europeias e asiáticas. “A gente teve uma elevação de cerca de 10% no volume de produtos importados em média, só no primeiro semestre deste ano”, citou.
Aprimoração energética
O deputado Arnaldo Jardim (Cidadania-SP), autor do requerimento da audiência em parceria com o deputado Bacelar (PV-BA), afirmou que o Brasil, diferentemente de outros países, já possui uma grande matriz energética renovável. Na visão dele, em de transição, o País necessita passar por uma “aprimoração energética”.
“Já temos uma matriz renovável. Precisamos fazer com isso seja reconhecido no ponto de vista da monetização, a fim de nos dar voz nos diálogos internacionais”, comentou Arnaldo Jardim, que preside a comissão especial.
Reportagem – Joana Lacerda
Edição – Marcelo Oliveira
Fonte: Câmara dos Deputados


MATO GROSSO
Governo Lula cede à pressão e revoga norma de monitoramento do Pix
O governo federal anunciou, nesta terça-feira (15), a revogação da norma da Receita Federal que ampliava o monitoramento das movimentações financeiras, incluindo transações realizadas via Pix. A decisão foi confirmada pelo secretário da Receita, Robison Barreirinhas, após uma reunião com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva no Palácio do Planalto.
A medida, que inicialmente previa que operadoras de cartões de crédito, fintechs e carteiras digitais informassem à Receita transações acima de R$ 5 mil mensais realizadas por pessoas físicas, gerou uma onda de críticas e pânico na população. Essa ampliação do monitoramento, que antes era restrito aos bancos tradicionais, foi vista como uma ameaça à privacidade financeira e desencadeou reações negativas em massa, especialmente nas redes sociais.
Sensação de insegurança e repercussão negativa
Segundo Barreirinhas, a norma foi alvo de distorções que acabaram gerando um clima de insegurança. Para evitar maiores danos, o governo optou por revogar a medida. “Houve um grande mal-entendido que prejudicou a confiança da população, algo que nunca foi a intenção da Receita Federal”, explicou o secretário.
Além disso, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, anunciou que o governo editará uma medida provisória (MP) com o objetivo de assegurar a gratuidade e o sigilo do Pix. “Queremos garantir que o Pix continue sendo um instrumento acessível e confiável, sem qualquer tipo de taxação ou diferenciação de taxas em relação a pagamentos em dinheiro”, afirmou Haddad.
Fake news e manipulação política
A decisão também foi motivada pela disseminação de informações falsas que alimentaram a desconfiança pública. Um vídeo do deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) alertando para uma suposta taxação futura do Pix viralizou nas redes sociais, pressionando ainda mais o governo. Haddad criticou a postura de políticos que, segundo ele, agiram de forma irresponsável para manipular a opinião pública e ampliar a insatisfação.
Compromisso com transparência
Apesar da revogação, Haddad reiterou que o governo continuará trabalhando para regulamentar o sistema financeiro, promovendo segurança e transparência, mas sem prejudicar trabalhadores informais ou pequenos empreendedores. “O governo está atento à necessidade de modernizar a regulamentação sem colocar em risco o bem-estar da população”, concluiu.
A revogação da norma marca um recuo significativo do governo Lula, que decidiu agir rapidamente para conter os danos políticos e restaurar a confiança pública em um dos sistemas financeiros mais utilizados e valorizados pelos brasileiros.
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