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Governo defende financiamento público da transição energética industrial

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POLITÍCA NACIONAL

Representantes do governo defenderam na Câmara dos Deputados que o setor público lidere os investimentos no financiamento da reindustrialização do País com base nos modelos de transição energética. Segundo eles, esses investimentos são caros, arriscados e, portanto, não serão financiados pelo setor privado, em sua maioria. Eles participaram de reunião do Centro de Estudos e Debates Estratégicos da Câmara.

Para os técnicos do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, o Brasil ainda tem condições de se destacar na transição energética dada as vantagens de biodiversidade, mercado interno, histórico de políticas de energias limpas, além da presença de minerais estratégicos.

Felipe Machado disse que a China entrou na corrida mundial relacionada à transição energética há 15 anos, investiu muito e até financiou terrenos para que as novas políticas energéticas fossem desenvolvidas. Já os Estados Unidos lançaram vários programas, com investimentos de US$ 135 bilhões só para carros elétricos.

Mas os técnicos lembraram que ainda existem algumas resistências no sentido de fortalecer o BNDES, por exemplo. Felipe Machado disse que o banco de fomento francês tem ativos de mais de 50% do Produto Interno Bruto e o americano, de 31%. No Brasil, o total é de 7%:

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“Esses investimentos normalmente são caros, arriscados e têm retornos incertos e demorados. Por outro lado, tendem a gerar benefícios sociais significativos. Isso significa que sob o ponto de vista privado normalmente eles não acontecem ou são aquém do necessário. Por isso, a importância do Estado de diminuir esse risco e fazer essas políticas de desenvolvimento.

Mário Agra/Câmara dos Deputados
Desafios brasileiros nas políticas para a reindustrialização no contexto da transição energética e da descarbonização. Secretário Adjunto de Desenvolvimento Industrial, Inovação, Comércio e Serviços - Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio - MDIC, Felipe Machado
Felipe Machado, do MDIC, defendeu fortalecimento do BNDES

Propostas
Felipe defendeu a aprovação do projeto de lei que permite ao BNDES financiar bens e serviços no exterior (PL 5719/23) e do que cria a letra de crédito de desenvolvimento (PL 6235/23). O técnico também citou o projeto que trata da depreciação acelerada para facilitar a aquisição de máquinas (PL 2/24) e a medida provisória que busca tornar os carros brasileiros mais sustentáveis (MP 1.205/23).

Lucas Maciel, também do MDIC, lembrou que várias empresas do setor automotivo já anunciaram investimentos no País nestes últimos meses. Segundo ele, aqui a produção é mais limpa o que é um fator de atração.

Lucas citou como relevantes os projetos que regulam o mercado de carbono (PL 2.148/15), o que trata da economia circular (PL .1874/22), o que  trata da regulação das usinas eólicas offshore (PL 11.247/18), e o que trata da bieconomia (PLP 150/22).

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Recursos
Samantha Cunha, da Confederação Nacional da Indústria, citou o plano Mais Produção, do BNDES, que prevê cerca de R$ 300 bilhões para modernizar a indústria em quatro anos. Segundo ela, esse valor não é alto se comparado ao financiamento da safra agrícola brasileira.

O recurso do plano safra é de R$ 364,2 bilhões em um ano, e os recursos do plano Mais Produção são de R$ 300 bilhões em 4 anos, R$ 75 bilhões ao ano. Então, não se sustenta e não se fundamenta a crítica de que esse recurso gera impacto fiscal ou é demasiado, quando a gente faz essa comparação.”

O deputado Luiz Ovando (PP-MS), relator do tema no Cedes, disse que é preciso equilibrar a relação entre a necessidade de produzir alimentos e a sustentabilidade.

Reportagem – Silvia Mugnatto
Edição – Geórgia Moraes

Fonte: Câmara dos Deputados

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Governo Lula cede à pressão e revoga norma de monitoramento do Pix

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O governo federal anunciou, nesta terça-feira (15), a revogação da norma da Receita Federal que ampliava o monitoramento das movimentações financeiras, incluindo transações realizadas via Pix. A decisão foi confirmada pelo secretário da Receita, Robison Barreirinhas, após uma reunião com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva no Palácio do Planalto.

A medida, que inicialmente previa que operadoras de cartões de crédito, fintechs e carteiras digitais informassem à Receita transações acima de R$ 5 mil mensais realizadas por pessoas físicas, gerou uma onda de críticas e pânico na população. Essa ampliação do monitoramento, que antes era restrito aos bancos tradicionais, foi vista como uma ameaça à privacidade financeira e desencadeou reações negativas em massa, especialmente nas redes sociais.

Sensação de insegurança e repercussão negativa

Segundo Barreirinhas, a norma foi alvo de distorções que acabaram gerando um clima de insegurança. Para evitar maiores danos, o governo optou por revogar a medida. “Houve um grande mal-entendido que prejudicou a confiança da população, algo que nunca foi a intenção da Receita Federal”, explicou o secretário.

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Além disso, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, anunciou que o governo editará uma medida provisória (MP) com o objetivo de assegurar a gratuidade e o sigilo do Pix. “Queremos garantir que o Pix continue sendo um instrumento acessível e confiável, sem qualquer tipo de taxação ou diferenciação de taxas em relação a pagamentos em dinheiro”, afirmou Haddad.

Fake news e manipulação política

A decisão também foi motivada pela disseminação de informações falsas que alimentaram a desconfiança pública. Um vídeo do deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) alertando para uma suposta taxação futura do Pix viralizou nas redes sociais, pressionando ainda mais o governo. Haddad criticou a postura de políticos que, segundo ele, agiram de forma irresponsável para manipular a opinião pública e ampliar a insatisfação.

Compromisso com transparência

Apesar da revogação, Haddad reiterou que o governo continuará trabalhando para regulamentar o sistema financeiro, promovendo segurança e transparência, mas sem prejudicar trabalhadores informais ou pequenos empreendedores. “O governo está atento à necessidade de modernizar a regulamentação sem colocar em risco o bem-estar da população”, concluiu.

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A revogação da norma marca um recuo significativo do governo Lula, que decidiu agir rapidamente para conter os danos políticos e restaurar a confiança pública em um dos sistemas financeiros mais utilizados e valorizados pelos brasileiros.

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