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Lira diz que Plenário pode votar ainda hoje urgência do projeto sobre fake news

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O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), afirmou que o Plenário pode votar ainda hoje o requerimento de urgência do projeto que cria a Lei Brasileira de Liberdade, Responsabilidade e Transparência na internet, conhecido como PL das Fake News. Ele disse que o relator da proposta, deputado Orlando Silva (PCdoB-SP), apresentou o texto aos líderes nesta terça-feira e que, embora haja temas polêmicos, a proposta será discutida pelos deputados. O Senado já aprovou uma proposta sobre o assunto, que está em discussão na Câmara.

Uma das propostas exigem que as plataformas intervenham para denunciar as fake news (notícias falsas) e auxiliem para combater a desinformação. Lira explicou que, após aprovado o regime de urgência do texto, o relator vai buscar consenso no parecer para votar a proposta já na próxima semana.

O presidente destacou que o projeto não busca combater aplicativos específicos, como o Telegram, por exemplo, muito utilizado apoiadores do governo, e evitar “criar uma disputa nacional”, sobre o tema.

A polêmica sobre o Telegram tem sido objeto de discussão pelo Tribunal Superior Eleitoral e pelo Supremo Tribunal Federal. O presidente do TSE, ministro Luís Roberto Barroso, afirmou nesta semana que não é o ideal suspender plataformas, mas cobrou que elas se submetam às leis brasileiras. Há relatos de grupos no Telegram, por exemplo, de venda de armas, drogas, apologia ao nazismo e veiculação de informações falsas sobre a vacina contra Covid-19.

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“Não vamos fazer disso uma questão de disputa nacional pelo Telegram, serão questões a serem analisadas, como na Alemanha, onde o Telegram recebeu e acatou as decisões judiciais. Não vamos fazer uma pauta nacional sobre o Telegram. Isso vai ser resolvido legislativamente. Isso vai ser tratado com normalidade”, explicou Lira.

“Há de se preservar sempre a liberdade de expressão. Há temas sensíveis, como a abstração entre liberdade de expressão, direito coletivo, direito individual. Não vamos fazer uma lei para determinado caso”, destacou Lira.

Ele afirmou que o Plenário pode votar ainda nesta semana duas propostas de emenda constitucionais (PECs): a que aumenta de 65 para 70 anos a idade máxima para nomeação de juízes e ministros dos tribunais superiores (PEC 32/21) e a que extingue os terrenos de marinha (PEC 39/11).

Reportagem – Luiz Gustavo Xavier
Edição – Wilson Silveira

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Governo Lula cede à pressão e revoga norma de monitoramento do Pix

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O governo federal anunciou, nesta terça-feira (15), a revogação da norma da Receita Federal que ampliava o monitoramento das movimentações financeiras, incluindo transações realizadas via Pix. A decisão foi confirmada pelo secretário da Receita, Robison Barreirinhas, após uma reunião com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva no Palácio do Planalto.

A medida, que inicialmente previa que operadoras de cartões de crédito, fintechs e carteiras digitais informassem à Receita transações acima de R$ 5 mil mensais realizadas por pessoas físicas, gerou uma onda de críticas e pânico na população. Essa ampliação do monitoramento, que antes era restrito aos bancos tradicionais, foi vista como uma ameaça à privacidade financeira e desencadeou reações negativas em massa, especialmente nas redes sociais.

Sensação de insegurança e repercussão negativa

Segundo Barreirinhas, a norma foi alvo de distorções que acabaram gerando um clima de insegurança. Para evitar maiores danos, o governo optou por revogar a medida. “Houve um grande mal-entendido que prejudicou a confiança da população, algo que nunca foi a intenção da Receita Federal”, explicou o secretário.

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Além disso, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, anunciou que o governo editará uma medida provisória (MP) com o objetivo de assegurar a gratuidade e o sigilo do Pix. “Queremos garantir que o Pix continue sendo um instrumento acessível e confiável, sem qualquer tipo de taxação ou diferenciação de taxas em relação a pagamentos em dinheiro”, afirmou Haddad.

Fake news e manipulação política

A decisão também foi motivada pela disseminação de informações falsas que alimentaram a desconfiança pública. Um vídeo do deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) alertando para uma suposta taxação futura do Pix viralizou nas redes sociais, pressionando ainda mais o governo. Haddad criticou a postura de políticos que, segundo ele, agiram de forma irresponsável para manipular a opinião pública e ampliar a insatisfação.

Compromisso com transparência

Apesar da revogação, Haddad reiterou que o governo continuará trabalhando para regulamentar o sistema financeiro, promovendo segurança e transparência, mas sem prejudicar trabalhadores informais ou pequenos empreendedores. “O governo está atento à necessidade de modernizar a regulamentação sem colocar em risco o bem-estar da população”, concluiu.

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A revogação da norma marca um recuo significativo do governo Lula, que decidiu agir rapidamente para conter os danos políticos e restaurar a confiança pública em um dos sistemas financeiros mais utilizados e valorizados pelos brasileiros.

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