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Taquígrafos avaliam impacto da inteligência artificial no futuro da profissão

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Em 3 de maio foi comemorado o Dia do Taquígrafo, data escolhida por causa da instalação da primeira Assembleia Constituinte do Brasil, há 200 anos, em 1823. Por meio de sinais escritos que registram os discursos dos deputados, os taquígrafos da Câmara realizam um trabalho em tempo real auxiliado pela tecnologia. Cada discurso fica disponível em até 30 minutos após o pronunciamento.

O deputado Gilberto Nascimento (PSC-SP) fez uma homenagem aos profissionais no Plenário da Câmara: “É aquele taquígrafo como redator que transfere da oralidade para o texto escrito tudo o que ocorreu no Parlamento, fazendo as pesquisas, as correções, as adaptações necessárias ao discurso do orador. Para que aquilo seja consultado em tempo real pelo cidadão e pelos técnicos do Parlamento, eternizando as discussões na forma do registro histórico. ”

Os taquígrafos da Câmara elaboram a redação final, os resumos e a indexação dos discursos e debates ocorridos no Plenário, nas comissões e em outros eventos.

Diretora de Redação Final do Departamento de Taquigrafia, Rosane Galvão explica que o trabalho é complexo e envolve o conhecimento do que deve ou não ser registrado e a interpretação das falas: “Às vezes uma vírgula vai fazer uma diferença num sentido, numa ironia… Essa captação das questões circunstanciais no embate político. O labor taquigráfico tem essa peculiaridade e vai ficando cada vez mais desafiante no sentido das intencionalidades, do propósito político, do propósito discursivo.”

Pedro França/Agência Senado
Comunicação - geral - taquigrafia registro discursos transcrição
A taquigrafia nasceu junto com o parlamento no Brasil

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Inteligência artificial
Atualmente, os taquígrafos, como vários outros profissionais, sempre são questionados sobre sua sobrevivência após a evolução da inteligência artificial. A diretora do Departamento de Taquigrafia da Câmara, Juliana Figueiredo, ressalta que a inteligência artificial não vai dispensar o profissional: “Acredito eu que ela vai ser, no futuro, assim como já começou a ser, um auxílio no registro inicial dos discursos. Mas invariavelmente isso vai passar pelo taquígrafo em uma fase pós máquina.”

Já o secretário-geral do Sindicato dos Servidores do Poder Legislativo Federal e do Tribunal de Contas da União (Sindilegis), André Galvão, lembra que a taquigrafia funciona como um tabelionato legislativo: “No ocaso deste futuro distópico onde a máquina vai tomar conta de tudo, vai ser o último dos profissionais a ser consultado. Quando falarem assim: Quem falou? Onde falou e o que falou? Quem vai poder dizer isso somos nós, os taquígrafos.”

Galvão afirma que a categoria dos taquígrafos tem cerca de 5 mil profissionais no país.

Reportagem – Sílvia Mugnatto
Edição – Roberto Seabra

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Fonte: Câmara dos Deputados

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MATO GROSSO

Governo Lula cede à pressão e revoga norma de monitoramento do Pix

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O governo federal anunciou, nesta terça-feira (15), a revogação da norma da Receita Federal que ampliava o monitoramento das movimentações financeiras, incluindo transações realizadas via Pix. A decisão foi confirmada pelo secretário da Receita, Robison Barreirinhas, após uma reunião com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva no Palácio do Planalto.

A medida, que inicialmente previa que operadoras de cartões de crédito, fintechs e carteiras digitais informassem à Receita transações acima de R$ 5 mil mensais realizadas por pessoas físicas, gerou uma onda de críticas e pânico na população. Essa ampliação do monitoramento, que antes era restrito aos bancos tradicionais, foi vista como uma ameaça à privacidade financeira e desencadeou reações negativas em massa, especialmente nas redes sociais.

Sensação de insegurança e repercussão negativa

Segundo Barreirinhas, a norma foi alvo de distorções que acabaram gerando um clima de insegurança. Para evitar maiores danos, o governo optou por revogar a medida. “Houve um grande mal-entendido que prejudicou a confiança da população, algo que nunca foi a intenção da Receita Federal”, explicou o secretário.

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Além disso, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, anunciou que o governo editará uma medida provisória (MP) com o objetivo de assegurar a gratuidade e o sigilo do Pix. “Queremos garantir que o Pix continue sendo um instrumento acessível e confiável, sem qualquer tipo de taxação ou diferenciação de taxas em relação a pagamentos em dinheiro”, afirmou Haddad.

Fake news e manipulação política

A decisão também foi motivada pela disseminação de informações falsas que alimentaram a desconfiança pública. Um vídeo do deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) alertando para uma suposta taxação futura do Pix viralizou nas redes sociais, pressionando ainda mais o governo. Haddad criticou a postura de políticos que, segundo ele, agiram de forma irresponsável para manipular a opinião pública e ampliar a insatisfação.

Compromisso com transparência

Apesar da revogação, Haddad reiterou que o governo continuará trabalhando para regulamentar o sistema financeiro, promovendo segurança e transparência, mas sem prejudicar trabalhadores informais ou pequenos empreendedores. “O governo está atento à necessidade de modernizar a regulamentação sem colocar em risco o bem-estar da população”, concluiu.

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A revogação da norma marca um recuo significativo do governo Lula, que decidiu agir rapidamente para conter os danos políticos e restaurar a confiança pública em um dos sistemas financeiros mais utilizados e valorizados pelos brasileiros.

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