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Artemis I: Nasa se prepara para lançar missão à Lua neste sábado

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Após identificarem e sanarem problemas técnicos no sistema de refrigeração do foguete Space Launch System, SLS, a Agência Espacial Norte-Americana (Nasa) retomou neste sábado (3) a contagem regressiva para lançar ao espaço a missão Artemis I.

A previsão é que o lançamento ocorra a partir de uma janela de duas horas que se inicia às 15h17 (horário de Brasília), direto do Centro Espacial Kennedy, na Flórida.

Na última segunda-feira (29), as equipes técnicas da agência cancelaram o lançamento previsto para às 10h33 (horário de Brasília) após identificarem um problema de resfriamento em um dos quatro motores do superfoguete que levará a cápsula Orion à órbita lunar.

Em um comunicado nesta semana, a Nasa explicou a importância da plena atividade de todos os motores.

“Os motores do SLS são máquinas de alto desempenho e são expostas a temperaturas extremamente baixas e pressões extremamente altas durante abastecimento e voo. São mais de 700 mil galões de hidrogênio e oxigênio líquido que ajudam a restriar esses motores.”

Os especialistas explicam que o risco de aquecimento do hidrogênio líquido é de lesão ao condicionamento térmico do motor, o que inviabilizaria a missão.

Para o presidente da Agência Espacial Brasileira, Carlos Moura, que foi aos Estados Unidos para acompanhar a primeira tentativa de lançamento, quando se trata de um veículo do porte do SLS, a operação torna-se ainda mais complexa.

”É natural que a Nasa esteja se resguardando muito, sendo muito conservadora, ao enfrentar qualquer possibilidade de falha, qualquer risco. Por isso que evitaram prosseguir com o lançamento no dia 29 e reavaliar todo o sistema de abastecimento e refrigeração, de forma que a operação pudesse ser retomada com o mínimo de risco. Nós sabemos que é só questão de tempo, pois eles têm capacidade para fazer o lançamento com qualidade e segurança, como já fizeram isso em outras missões, como a Apollo.’, diz.

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Moura explica que nos últimos 50 anos, desde o última missão da Nasa à Lua, a tecnologia mudou, ”mas quanto mais moderno o veículo, mais chances de ocorrerem problemas”.

”Por isso, a expectativa é sempre grande, mas existe uma confiança muito forte de que a Nasa e os parceiros empreenderão todos os esforços para que esse veículo voe, qualifique o veículo e a cápsula Orion e na próxima missão já possamos ter um voo tripulado.”, explica Carlos Moura.

E é de olho no passo dois do programa Artemis, que deve levar uma equipe de astronautas ao satélite, que a comunidade científica acompanha a Missão Artemis I, uma espécie de teste não tripulado para a próxima viagem, prevista para ocorrer até 2026.

Para o físico, Fabrizzio Montezzo, essa missão é muito importante pela sustentabilidade e por questões logísticas já que a Lua poderá servir de base para futuras missões no Sistema Solar.

”Depois da Apollo – missão pioneira que levou o homem à Lua – essa missão é importante para o retorno em que o homem possa ir pra ficar, com base na Lua e, principalmente, para exploração do espaço profundo. É como se fosse um suposto ”posto de gasolina” para outras missões para Marte, por exemplo,” diz.

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Da Lua à conquista do espaço

A viagem não tripulada deste sábado (3) marca uma série de testagens na órbita da Lua tanto em relação aos equipamentos, quanto à cápsula Orion que deve levar até quatro astronautas na segunda etapa da missão prevista para ocorrer até 2026.

Além disso, será testada uma peça fundamental na missão, o Módulo de Serviço Europeu, responsável, por exemplo, pelos sistemas de abastecimento de água, energia, propulsão, controle da temperatura dentro da cápsula e fruto da parceria com a Agência Espacial Europeia (ESA).

Segundo a ESA, a missão, que será comandada aqui da Terra, pode durar entre 20 e 40 dias e terminará de volta à Terra com um mergulho no Oceano Pacífico, na costa da Califórnia, nos Estados Unidos.

O voo de volta à Lua organizado pela Nasa, em parceria com 21 países, inclusive o Brasil, representa o retorno ao satélite 50 anos após a última viagem tripulada, em 1972, com a missão Apollo.

Caso a missão deste sábado seja novamente cancelada, há ainda a previsão de outra data possível pra lançamento: 5 de setembro

E a contagem regressiva já pode ser acompanhada nos canais da Nasa, no Youtube, e também na página da agência na internet.

Edição: Maria Claudia

Fonte: EBC Geral

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Prefeitura de SP constrói muro na Cracolândia para isolar área de usuários de drogas

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A Prefeitura de São Paulo ergueu um muro na Cracolândia, localizada no Centro da cidade, com cerca de 40 metros de extensão e 2,5 metros de altura, delimitando a área onde usuários de drogas se concentram. A estrutura foi construída na Rua General Couto Magalhães, próxima à Estação da Luz, complementada por gradis que cercam o entorno, formando um perímetro delimitado na Rua dos Protestantes, que se estende até a Rua dos Gusmões.

Segundo a administração municipal, o objetivo é garantir mais segurança às equipes de saúde e assistência social, melhorar o trânsito de veículos na região e aprimorar o atendimento aos usuários. Dados da Prefeitura indicam que, entre janeiro e dezembro de 2024, houve uma redução média de 73,14% no número de pessoas na área.

Críticas e denúncias

No entanto, a medida enfrenta críticas. Roberta Costa, representante do coletivo Craco Resiste, classifica a iniciativa como uma tentativa de “esconder” a Cracolândia dos olhos da cidade, comparando o local a um “campo de concentração”. Ela aponta que o muro limita a mobilidade dos usuários e dificulta a atuação de movimentos sociais que tentam oferecer apoio.

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“O muro não só encarcerou os usuários, mas também impediu iniciativas humanitárias. No Natal, por exemplo, fomos barrados ao tentar distribuir alimentos e arte”, afirma Roberta.

A ativista também denuncia a revista compulsória para entrada no espaço e relata o uso de spray de pimenta por agentes de segurança para manter as pessoas dentro do perímetro.

Impacto na cidade

Embora a concentração de pessoas na Cracolândia tenha diminuído, o número total de dependentes químicos não foi reduzido, como destaca Quirino Cordeiro, diretor do Hub de Cuidados em Crack e Outras Drogas. Ele afirma que, em outras regiões, como a Avenida Jornalista Roberto Marinho (Zona Sul) e a Rua Doutor Avelino Chaves (Zona Oeste), surgiram novas aglomerações.

Custos e processo de construção

O muro foi construído pela empresa Kagimasua Construções Ltda., contratada após processo licitatório em fevereiro de 2024. A obra teve custo total de R$ 95 mil, incluindo demolição de estruturas existentes, remoção de entulho e construção da nova estrutura. A Prefeitura argumenta que o contrato seguiu todas as normas legais.

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Notas da Prefeitura

Em nota, a administração municipal justificou a construção do muro como substituição de um antigo tapume, visando à segurança de moradores, trabalhadores e transeuntes. Além disso, ressaltou os esforços para oferecer encaminhamentos e atendimentos sociais na área.

A Secretaria Municipal de Segurança Urbana (SMSU) reforçou que a Guarda Civil Metropolitana (GCM) atua na área com patrulhamento preventivo e apoio às equipes de saúde e assistência, investigando denúncias de condutas inadequadas.

A questão da Cracolândia permanece um desafio histórico para São Paulo, com soluções que, muitas vezes, dividem opiniões entre autoridades, moradores e ativistas.

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