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Curtas-metragens feitas por yanomami serão mostradas em Veneza

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Três filmes curtas-metragens produzidos por indígenas yanomami serão exibidos no 80º Festival de Veneza, na Itália, que ocorre de 30 de agosto a 9 de setembro. Os curtas serão apresentados em 4 de setembro, no evento Olhos da Floresta. O dia será dedicado ao cinema indígena yanomami e homenageará o primeiro cineasta da etnia, Morzaniel Ɨramari.

Um dos três curtas exibidos será Mãri Hi – A Árvore do Sonho, de Ɨramari, vencedor da categoria Melhor Documentário de Curta-Metragem Nacional, no Festival É Tudo Verdade, de 2023. O filme conta com a participação do líder e xamã Davi Kopenawa, que mostra o conhecimento dos yanomami sobre os sonhos.

“Este filme vai ajudar a fazer com que os não indígenas conheçam o povo yanomami, conheçam as nossas imagens. Assim todos podem conhecer como nós vivemos na nossa casa e como nós sonhamos, como os xamãs sonham”, explica o cineasta.  

Morzaniel Ɨramari nasceu em 1980 na aldeia Watorikɨ, região do Demini, da Terra Indígena Yanomami, no estado do Amazonas. Foi formado no projeto Pontos de Cultura Indígena – Vídeo nas Aldeias e dirigiu o curta Casa dos Espíritos, vencedor do prêmio de Melhor Filme, segundo o júri popular, na Mostra Aldeia SP, em 2014. Também dirigiu o filme longa-metragem Urihi Haromatimapë – Curadores da Terra-floresta, que ganhou o prêmio de Melhor Filme do Forumdoc BH – Mostra Competitiva do Festival do Filme Documentário e Etnográfico de Belo Horizonte.

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Mulheres indígenas

Os outros dois curtas serão Thuë Pihi Kuuwi – Uma Mulher Pensando, e Yuri U Xëatima Thë – A Pesca com Timbó, ambos de Aida Harika, Roseane Yariana e Edmar Tokorino. Esta será a primeira vez que as mulheres yanomami participarão de um festival de cinema internacional.

Aida Harika e Edmar Tokorino são dois cineastas yanomami que também residem na aldeia de Watorikɨ. Ambos fazem parte do coletivo de comunicadores yanomami criado em 2018 pela Hutukara Associação Yanomami. Roseane Yariana fez parte do primeiro grupo de jovens escolhidos para participar das oficinas de formação em audiovisual, em 2018. Ela é moradora da aldeia Buriti, na região do Demini, no estado do Amazonas.

Os três curtas são uma produção Aruac Filmes, com coprodução da Hutukara Associação Yanomami e produção associada da Gata Maior Filmes. Os filmes contam com o apoio institucional do Instituto Socioambiental e apoio de uma rede de fundações e instituições internacionais que trabalham diretamente com a Amazônia Brasileira. 

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Fonte: EBC GERAL

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Prefeitura de SP constrói muro na Cracolândia para isolar área de usuários de drogas

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A Prefeitura de São Paulo ergueu um muro na Cracolândia, localizada no Centro da cidade, com cerca de 40 metros de extensão e 2,5 metros de altura, delimitando a área onde usuários de drogas se concentram. A estrutura foi construída na Rua General Couto Magalhães, próxima à Estação da Luz, complementada por gradis que cercam o entorno, formando um perímetro delimitado na Rua dos Protestantes, que se estende até a Rua dos Gusmões.

Segundo a administração municipal, o objetivo é garantir mais segurança às equipes de saúde e assistência social, melhorar o trânsito de veículos na região e aprimorar o atendimento aos usuários. Dados da Prefeitura indicam que, entre janeiro e dezembro de 2024, houve uma redução média de 73,14% no número de pessoas na área.

Críticas e denúncias

No entanto, a medida enfrenta críticas. Roberta Costa, representante do coletivo Craco Resiste, classifica a iniciativa como uma tentativa de “esconder” a Cracolândia dos olhos da cidade, comparando o local a um “campo de concentração”. Ela aponta que o muro limita a mobilidade dos usuários e dificulta a atuação de movimentos sociais que tentam oferecer apoio.

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“O muro não só encarcerou os usuários, mas também impediu iniciativas humanitárias. No Natal, por exemplo, fomos barrados ao tentar distribuir alimentos e arte”, afirma Roberta.

A ativista também denuncia a revista compulsória para entrada no espaço e relata o uso de spray de pimenta por agentes de segurança para manter as pessoas dentro do perímetro.

Impacto na cidade

Embora a concentração de pessoas na Cracolândia tenha diminuído, o número total de dependentes químicos não foi reduzido, como destaca Quirino Cordeiro, diretor do Hub de Cuidados em Crack e Outras Drogas. Ele afirma que, em outras regiões, como a Avenida Jornalista Roberto Marinho (Zona Sul) e a Rua Doutor Avelino Chaves (Zona Oeste), surgiram novas aglomerações.

Custos e processo de construção

O muro foi construído pela empresa Kagimasua Construções Ltda., contratada após processo licitatório em fevereiro de 2024. A obra teve custo total de R$ 95 mil, incluindo demolição de estruturas existentes, remoção de entulho e construção da nova estrutura. A Prefeitura argumenta que o contrato seguiu todas as normas legais.

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Notas da Prefeitura

Em nota, a administração municipal justificou a construção do muro como substituição de um antigo tapume, visando à segurança de moradores, trabalhadores e transeuntes. Além disso, ressaltou os esforços para oferecer encaminhamentos e atendimentos sociais na área.

A Secretaria Municipal de Segurança Urbana (SMSU) reforçou que a Guarda Civil Metropolitana (GCM) atua na área com patrulhamento preventivo e apoio às equipes de saúde e assistência, investigando denúncias de condutas inadequadas.

A questão da Cracolândia permanece um desafio histórico para São Paulo, com soluções que, muitas vezes, dividem opiniões entre autoridades, moradores e ativistas.

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