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Filho e esposa de deputado investigado por chefiar grupo miliciano são presos na BA

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A esposa e filho do deputado estadual Binho Galinha, investigado por suspeita de chefiar uma milícia ligada à agiotagem e outros crimes em Feira de Santana, foram presos na quinta-feira (7). As prisões ocorreram durante o cumprimento de mandados de prisão preventiva pela Polícia Federal e pelo Ministério Público da Bahia (MP-BA).

A esposa do parlamentar foi identificada como Mayana Cerqueira da Silva, de 43 anos, e o filho como João Guilherme Cerqueira da Silva Escolano, de 18.

O parlamentar não foi preso, por causa do direito ao foro privilegiado. Ele informou que está à disposição da Justiça e que os fatos serão esclarecidos. Além disso, afirmou que as atividades legislativas seguirão sem alterações nos próximos dias

A esposa e o filho de Binho passaram por audiência de custódia em Camaçari, na Região Metropolitana de Salvador. Mayana teve prisão convertida para domiciliar, porque tem uma filha ainda criança. João Guilherme teve a preventiva mantida e foi encaminhado para o presídio em Salvador.

O advogado Rafael Esperidião, que atua na defesa de Mayana e João Guilherme, informou que vai ambos estão á disposição da Justiça para colaborar com o que for necessário. [Veja nota na íntegra ao final da matéria]

Ao todo, 15 pessoas foram denunciadas pelo MP-BA e são investigadas. Dez mandados de prisão preventiva foram expedidos e seis prisões concluídas – entre elas, a da esposa e do filho de Binho Galinha. Quatro pessoas estão foragidas.

Além dos familiares do suspeito, três policiais militares que formavam o “braço armado” da milícia estão entre os presos, mas não tiveram os nomes divulgados. Eles estão na Coordenadoria de Custódia Provisória

A produção da TV Bahia apurou a função que eles desempenhavam no grupo. Entenda:

👉 João Guilherme Cerqueira da Silva Escolano: filho do deputado estadual. Ele era responsável por receber o dinheiro do crime desde quando ainda tinha menos de 18 anos. Ele repassou para o pai cerca de R$ 474 mil.

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👉 Mayana Cerqueira da Silva: esposa do deputado estadual. As investigações apontaram movimentação financeira incompatível com os rendimentos declarados à Receita Federal e a maioria das transações feitas por ela envolvem os outros suspeitos.

👉 Jorge Vinícius de Souza Santana Piano: principal operador financeiro da organização criminosa e amigo de Binho Galinha. Conforme investigações, ele movimentou mais de R$ 39 milhões, o que não condiz com o que foi declarado à Receita Federal.

👉 Jackson Macedo Araújo Júnior: conforme investigações, ele movimentou quase R$ 4 milhões, o que não condiz com a condição econômica declarada à Receita Federal.

👉 Josenilson Souza da Conceição: bacharel em direito, o suspeito movimentou em suas contas pouco mais de R$ 1,7 milhão, o que não condiz com o que foi declarado à Receita Federal.

👉 Roque de Jesus Carvalho: movimentou mais de R$ 9 milhões entre janeiro de 2013 e março de 2023, o que não condiz com o que foi declarado à Receita Federal nestes 10 anos.

As investigações apontaram que o grupo é suspeito por lavar dinheiro de jogo do bicho, agiotagem, receptação qualificada e desmanche de veículos. Em um dos imóveis inspecionados pela Polícia Federal, foram encontradas milhares de peças de carros.

Durante o cumprimento dos mandados de busca e apreensão e prisão, feitos na quinta-feira, diversos bens dos investigados foram bloqueados. Confira:

👉 bloqueio de R$ 200 milhões;

👉 bloqueio de 26 propriedades urbanas e rurais;

👉 10 mandados de prisão expedidos;

👉 35 mandados de busca e apreensão expedidos;

👉 suspensão das atividades econômicas de seis empresas.

Posicionamentos

 

Deputado Binho Galinha

“Tendo em vista as denúncias feitas pelo Ministério Público Estadual (MPE) e que a pedido da Justiça estão sendo apuradas, com ações no dia de hoje (07) pela Policia Federal, Receita Federal, e o próprio MPE em Feira de Santana e região, o deputado estadual Binho Galinha vem a público esclarecer que está a inteira disposição da Justiça da Bahia, e que tudo será esclarecido no momento próprio. Mantemos nossas atividades pessoais e legislativas sem alteração. Confio na Justiça e estou à disposição para dirimir dúvidas e contribuir quanto a transparência dos fatos. No mais dizer que nosso jurídico está tomando as devidas providências para junto a Justiça prestar os esclarecimentos.”

Filho e esposa do deputado estadual

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O advogado Rafael Esperidião emitiu a seguinte nota:

“A defesa que patrocina Mayana Cerqueira e João Guilherme Cerqueira , esclarece que a analisará tudo e o todo que foi anexado aos autos, assim que lhe for franqueada vista da íntegra da documentação. Ademais, é importante frisar que qualquer conclusão nesse momento será meramente especulativa e temerária. Ademais, os acusados se resguardam ao direito de se manifestar no momento processual adequado sobre o que for necessário à elucidação dos fatos e demonstração da verdade. Além disso, se colocam desde já a disposição da justiça, colaborando no que for necessário No mais, reservar-se ao direito de se manifestar apenas em momento oportuno nos autos do processo”.

Polícia Militar

g1 pediu um posicionamento da Polícia Militar, já que três investigados são PMs que trabalhavam com a cobrança das dívidas por agiotagem e jogo do bicho, mas não teve retorno até a publicação desta reportagem.

Assembleia Legislativa da Bahia

A Assembleia Legislativa da Bahia (Alba) informou que não sabia da operação da Polícia Federal e que não haverá nenhum tipo de sanção ao parlamentar enquanto durarem as investigações. Confira íntegra abaixo:

“A Assembleia Legislativa da Bahia não foi informada, muito menos citada, a respeito da Operação realizada pela Polícia Federal na manhã desta quinta-feira (07/12). As investigações estritamente ocorrem no âmbito policial. Caso a ALBA seja notificada ou instada a se pronunciar, o fará de pronto. O Regimento Interno da Casa não prevê nenhum tipo de sanção a parlamentares durante o transcorrer de investigações”.

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Prefeitura de SP constrói muro na Cracolândia para isolar área de usuários de drogas

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A Prefeitura de São Paulo ergueu um muro na Cracolândia, localizada no Centro da cidade, com cerca de 40 metros de extensão e 2,5 metros de altura, delimitando a área onde usuários de drogas se concentram. A estrutura foi construída na Rua General Couto Magalhães, próxima à Estação da Luz, complementada por gradis que cercam o entorno, formando um perímetro delimitado na Rua dos Protestantes, que se estende até a Rua dos Gusmões.

Segundo a administração municipal, o objetivo é garantir mais segurança às equipes de saúde e assistência social, melhorar o trânsito de veículos na região e aprimorar o atendimento aos usuários. Dados da Prefeitura indicam que, entre janeiro e dezembro de 2024, houve uma redução média de 73,14% no número de pessoas na área.

Críticas e denúncias

No entanto, a medida enfrenta críticas. Roberta Costa, representante do coletivo Craco Resiste, classifica a iniciativa como uma tentativa de “esconder” a Cracolândia dos olhos da cidade, comparando o local a um “campo de concentração”. Ela aponta que o muro limita a mobilidade dos usuários e dificulta a atuação de movimentos sociais que tentam oferecer apoio.

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“O muro não só encarcerou os usuários, mas também impediu iniciativas humanitárias. No Natal, por exemplo, fomos barrados ao tentar distribuir alimentos e arte”, afirma Roberta.

A ativista também denuncia a revista compulsória para entrada no espaço e relata o uso de spray de pimenta por agentes de segurança para manter as pessoas dentro do perímetro.

Impacto na cidade

Embora a concentração de pessoas na Cracolândia tenha diminuído, o número total de dependentes químicos não foi reduzido, como destaca Quirino Cordeiro, diretor do Hub de Cuidados em Crack e Outras Drogas. Ele afirma que, em outras regiões, como a Avenida Jornalista Roberto Marinho (Zona Sul) e a Rua Doutor Avelino Chaves (Zona Oeste), surgiram novas aglomerações.

Custos e processo de construção

O muro foi construído pela empresa Kagimasua Construções Ltda., contratada após processo licitatório em fevereiro de 2024. A obra teve custo total de R$ 95 mil, incluindo demolição de estruturas existentes, remoção de entulho e construção da nova estrutura. A Prefeitura argumenta que o contrato seguiu todas as normas legais.

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Notas da Prefeitura

Em nota, a administração municipal justificou a construção do muro como substituição de um antigo tapume, visando à segurança de moradores, trabalhadores e transeuntes. Além disso, ressaltou os esforços para oferecer encaminhamentos e atendimentos sociais na área.

A Secretaria Municipal de Segurança Urbana (SMSU) reforçou que a Guarda Civil Metropolitana (GCM) atua na área com patrulhamento preventivo e apoio às equipes de saúde e assistência, investigando denúncias de condutas inadequadas.

A questão da Cracolândia permanece um desafio histórico para São Paulo, com soluções que, muitas vezes, dividem opiniões entre autoridades, moradores e ativistas.

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