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Festival feminista celebra Dia Nacional do Teatro do Oprimido no RJ

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O Rio de Janeiro recebe nesta quinta-feira (16) e sexta-feira (17) na Lapa, região central da cidade, o Festival Teatro das Oprimidas, com uma programação voltada para celebrar o feminismo. O festival traz uma pauta política alinhada com o método teatral criado pelo falecido dramaturgo Augusto Boal, que defendia o palco como lugar de transformação da realidade social. Dezesseis de março é a data de nascimento de Boal e também o Dia Nacional do Teatro do Oprimido.

O Teatro das Oprimidas é um coletivo que sistematiza o método criado pelo dramaturgo e o aplica a partir de um protagonismo feminino negro. No festival, está prevista uma série de eventos como apresentações de peças, performances, documentários e exposições que, segundo as organizadoras, “estão focados na luta das mulheres por igualdade de direitos, pelo fim do machismo e do patriarcado”. Nesse sentido, há temas transversais como gênero, raça, diversidade, migração, meio ambiente e território.

O festival também se propõe a aproximar palco e plateia, promover debates sociais por meio da arte. Uma dessas técnicas tem destaque na programação: o Teatro-Fórum, que coloca problemas diante dos espectadores, para que eles respondam com possíveis soluções.

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Já o espetáculo Gêneres usa a técnica para discutir se o conceito de gênero, dentro de uma estrutura binária, promove intolerância e violência na sociedade. A direção é de Bárbara Santos, criadora do Teatro das Oprimidas. Na performance Isso não é Bla-Bla-Bla, do Grupo Ponto Chic, são abordadas as denúncias de violências contras as mulheres no Brasil. O elenco usa exemplos do noticiário para criticar a falta de políticas públicas sobre o tema e combater a cultura do estupro no país.

Brasília (DF) - Teatro do Oprimido Foto: Divulgaçāo Brasília (DF) - Teatro do Oprimido Foto: Divulgaçāo

Teatro do Oprimido Foto: Luis Gomes

Augusto Boal

O criador do Teatro do Oprimido, Augusto Boal, nasceu em 16 de março de 1931 no Rio de Janeiro. No período da Ditadura Militar, iniciado com o golpe de 1964, ele participou de grupos que usavam a arte como resistência política. Participou de espetáculos que ignoravam os cortes estabelecidos pela censura. Em 1971, foi preso e torturado, decidiu deixar o país e morar na Argentina.

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Ao se mudar para a França em 1978, criou um centro de pesquisa e difusão do Teatro do Oprimido. O método teatral incluía jogos, exercícios e técnicas com o objetivo de formar e informar as pessoas que participavam dele. Inspirado nas ideias do educador Paulo Freire e na obra “Pedagogia do Oprimido”, o teatro se propunha a ser um lugar de abertura para uma visão mais crítica da sociedade. Assim, grupos oprimidos poderiam se reconhecer na arte e se engajar de forma mais ativa na luta por direitos e contra as desigualdades.

Edição: Marcelo Brandão

Fonte: EBC Geral

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Prefeitura de SP constrói muro na Cracolândia para isolar área de usuários de drogas

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A Prefeitura de São Paulo ergueu um muro na Cracolândia, localizada no Centro da cidade, com cerca de 40 metros de extensão e 2,5 metros de altura, delimitando a área onde usuários de drogas se concentram. A estrutura foi construída na Rua General Couto Magalhães, próxima à Estação da Luz, complementada por gradis que cercam o entorno, formando um perímetro delimitado na Rua dos Protestantes, que se estende até a Rua dos Gusmões.

Segundo a administração municipal, o objetivo é garantir mais segurança às equipes de saúde e assistência social, melhorar o trânsito de veículos na região e aprimorar o atendimento aos usuários. Dados da Prefeitura indicam que, entre janeiro e dezembro de 2024, houve uma redução média de 73,14% no número de pessoas na área.

Críticas e denúncias

No entanto, a medida enfrenta críticas. Roberta Costa, representante do coletivo Craco Resiste, classifica a iniciativa como uma tentativa de “esconder” a Cracolândia dos olhos da cidade, comparando o local a um “campo de concentração”. Ela aponta que o muro limita a mobilidade dos usuários e dificulta a atuação de movimentos sociais que tentam oferecer apoio.

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“O muro não só encarcerou os usuários, mas também impediu iniciativas humanitárias. No Natal, por exemplo, fomos barrados ao tentar distribuir alimentos e arte”, afirma Roberta.

A ativista também denuncia a revista compulsória para entrada no espaço e relata o uso de spray de pimenta por agentes de segurança para manter as pessoas dentro do perímetro.

Impacto na cidade

Embora a concentração de pessoas na Cracolândia tenha diminuído, o número total de dependentes químicos não foi reduzido, como destaca Quirino Cordeiro, diretor do Hub de Cuidados em Crack e Outras Drogas. Ele afirma que, em outras regiões, como a Avenida Jornalista Roberto Marinho (Zona Sul) e a Rua Doutor Avelino Chaves (Zona Oeste), surgiram novas aglomerações.

Custos e processo de construção

O muro foi construído pela empresa Kagimasua Construções Ltda., contratada após processo licitatório em fevereiro de 2024. A obra teve custo total de R$ 95 mil, incluindo demolição de estruturas existentes, remoção de entulho e construção da nova estrutura. A Prefeitura argumenta que o contrato seguiu todas as normas legais.

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Notas da Prefeitura

Em nota, a administração municipal justificou a construção do muro como substituição de um antigo tapume, visando à segurança de moradores, trabalhadores e transeuntes. Além disso, ressaltou os esforços para oferecer encaminhamentos e atendimentos sociais na área.

A Secretaria Municipal de Segurança Urbana (SMSU) reforçou que a Guarda Civil Metropolitana (GCM) atua na área com patrulhamento preventivo e apoio às equipes de saúde e assistência, investigando denúncias de condutas inadequadas.

A questão da Cracolândia permanece um desafio histórico para São Paulo, com soluções que, muitas vezes, dividem opiniões entre autoridades, moradores e ativistas.

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