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Petrobras Sinfônica faz nesta sexta-feira primeiro concerto imersivo

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Com 75 músicos, a Orquestra Petrobras Sinfônica realiza na noite de hoje (1º), ao vivo, seu primeiro concerto imersivo. A modalidade é inédita também no país. O espetáculo será às 21h30 no Qualistage, casa de espetáculos que fica Shopping Via Parque, na Barra da Tijuca, com transmissão ao vivo e gratuita em streaming 360º e online no YouTube da orquestra. A apresentação é para maiores de 18 anos, mas menores de idade podem comparecer desde que acompanhados dos responsáveis legais. Os ingressos podem ser adquiridos aqui.

O violonista Fernando Thebaldi, um dos diretores artísticos da orquestra, disse à Agência Brasil que a “imersão” vem sendo elaborada já há algum tempo, desde que a pandemia de covid-19 levou as pessoas para um universo mais digital, mais virtual. “Um fenômeno que todos nós já experimentamos. O mundo já vinha em uma velocidade muito grande nessa direção. Tivemos que trabalhar com uma tônica digital mais forte a partir da pandemia, nos reinventando, com muitas gravações. O YouTube praticamente virou o nosso palco principal, sem a Sala Cecilia Meireles, sem os teatros.”

As ideias imersivas, tecnológicas, começaram então a surgir e ganharam corpo agora, ainda dentro da pandemia, mas com a adoção de todos os cuidados necessários, disse Thebaldi. Os músicos de sopro, por exemplo, continuam tocando com uso de barreiras de acrílico, por causa dos aerossóis.

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Repertório

Para o concerto desta sexta-feira, foi selecionado um repertório diversificado, “que representa muito a orquestra, hoje, bastante plural“, destacou o violonista.

Com o diretor artístico e regente titular, Isaac Karabtchevsky, a Petrobras Sinfônica tem um perfil mais clássico, com repertório variado dentro da música de concerto. “Mas ela é também popular, é rock and roll, é infantil. E, para hoje, selecionamos um repertório que vai desde Pássaro de Fogo, de Stravinsky; Trenzinho Caipira, de Villa-Lobos; Thriller, de Michael Jackson; além de Mettalica e Pink Floyd e Fazendinha, do Mundo Bita”. Na abertura, o maestro Felipe Prazeres dará boas-vindas ao público na forma de um avatar, em uma animação de realidade aumentada, com efeitos de luz e projeção mapeada ao fundo.

Fernando Thebaldi informou que serão usadas durante o espetáculo ferramentas tecnológicas, como o videomapping, com projeções em 3D; uma performance de tilt brush, com a artista plástica Vanessa Rosa, que estará em ação durante todo o concerto, pintando a realidade virtual com auxílio de óculos especiais. O tilt brush é um aplicativo de realidade virtual de pintura em 3D em escala de sala, disponível no Google e originalmente desenvolvido pela empresa Skillman & Hackett.

“A tão esperada realidade aumentada vai surpreender o público. O nosso maestro Felipe Prazeres já tem o avatar dele, que vai dar as boas-vindas ao público”, reforçou Thebaldi. Ele lembrou que quem estiver em casa poderá assistir ao concerto ao vivo, no canal do YouTube da orquestra. “Quem estiver em casa vai ter uma ferramenta a mais, que é uma câmera 3D em 360°. As pessoas poderão acionar essa câmera e passear pelo local, pelo palco”. O público de casa, de outros estados e também do exterior, poderá ter uma experiência tão imersiva quando ao vivo, garantiu o músico. “Não deixa de ser um espetáculo de cores, de surpresas. Estamos empolgadíssimos.”

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Inovação

A inovação tecnológica estará por toda parte, do início ao fim do concerto, com múltiplas intervenções assinadas pelo Studio XR. Para cada música, haverá uma imersão diferente. Projeções durante todo o concerto vão intensificar a imersão e a experiência do público. Execuções mais graves ou agudas vindas dos instrumentos da orquestra poderão ativar ou controlar as animações, e algumas serão produzidas até como jogos, com botões de ação.

Dependendo do patrocinador da orquestra, que é a Petrobras, o concerto imersivo poderá ter novas apresentações, a preços populares, em locais como o Theatro Municipal do Rio de Janeiro. “A vontade é fazer [mais espetáculos]. Porém, o projeto demanda não só a orquestra, mas também equipes de outros elementos”, ressaltou Fernando Thebaldi. Pelo andar da carruagem, entretanto, ele disse acreditar que isso será possível repetir.

Edição: Nádia Franco

Fonte: EBC Geral

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Prefeitura de SP constrói muro na Cracolândia para isolar área de usuários de drogas

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A Prefeitura de São Paulo ergueu um muro na Cracolândia, localizada no Centro da cidade, com cerca de 40 metros de extensão e 2,5 metros de altura, delimitando a área onde usuários de drogas se concentram. A estrutura foi construída na Rua General Couto Magalhães, próxima à Estação da Luz, complementada por gradis que cercam o entorno, formando um perímetro delimitado na Rua dos Protestantes, que se estende até a Rua dos Gusmões.

Segundo a administração municipal, o objetivo é garantir mais segurança às equipes de saúde e assistência social, melhorar o trânsito de veículos na região e aprimorar o atendimento aos usuários. Dados da Prefeitura indicam que, entre janeiro e dezembro de 2024, houve uma redução média de 73,14% no número de pessoas na área.

Críticas e denúncias

No entanto, a medida enfrenta críticas. Roberta Costa, representante do coletivo Craco Resiste, classifica a iniciativa como uma tentativa de “esconder” a Cracolândia dos olhos da cidade, comparando o local a um “campo de concentração”. Ela aponta que o muro limita a mobilidade dos usuários e dificulta a atuação de movimentos sociais que tentam oferecer apoio.

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“O muro não só encarcerou os usuários, mas também impediu iniciativas humanitárias. No Natal, por exemplo, fomos barrados ao tentar distribuir alimentos e arte”, afirma Roberta.

A ativista também denuncia a revista compulsória para entrada no espaço e relata o uso de spray de pimenta por agentes de segurança para manter as pessoas dentro do perímetro.

Impacto na cidade

Embora a concentração de pessoas na Cracolândia tenha diminuído, o número total de dependentes químicos não foi reduzido, como destaca Quirino Cordeiro, diretor do Hub de Cuidados em Crack e Outras Drogas. Ele afirma que, em outras regiões, como a Avenida Jornalista Roberto Marinho (Zona Sul) e a Rua Doutor Avelino Chaves (Zona Oeste), surgiram novas aglomerações.

Custos e processo de construção

O muro foi construído pela empresa Kagimasua Construções Ltda., contratada após processo licitatório em fevereiro de 2024. A obra teve custo total de R$ 95 mil, incluindo demolição de estruturas existentes, remoção de entulho e construção da nova estrutura. A Prefeitura argumenta que o contrato seguiu todas as normas legais.

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Notas da Prefeitura

Em nota, a administração municipal justificou a construção do muro como substituição de um antigo tapume, visando à segurança de moradores, trabalhadores e transeuntes. Além disso, ressaltou os esforços para oferecer encaminhamentos e atendimentos sociais na área.

A Secretaria Municipal de Segurança Urbana (SMSU) reforçou que a Guarda Civil Metropolitana (GCM) atua na área com patrulhamento preventivo e apoio às equipes de saúde e assistência, investigando denúncias de condutas inadequadas.

A questão da Cracolândia permanece um desafio histórico para São Paulo, com soluções que, muitas vezes, dividem opiniões entre autoridades, moradores e ativistas.

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