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Estudantes de Chapada dos Guimarães produzem livro didático como forma de educação ambiental sobre o cerrado

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​Alunos da Escola Estadual Rafael de Siqueira, do município de Chapada dos Guimarães (65 km de Cuiabá), concluíram o projeto de iniciação científica “Raízes do Conhecimento” com a publicação de um livro digital (e-book) didático voltado a promover a educação ambiental sobre o Cerrado.

O projeto é desenvolvido por bolsistas da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Mato Grosso (Fapemat), por meio do edital nº 2/2022 – Programa de Pesquisa e Inovação na Escola, em parceria com a Secretaria de Estado de Educação (Seduc). O programa visa despertar em professores e estudantes da rede estadual de ensino a vocação para pesquisa, desenvolvimento tecnológico e inovação.

Coordenado pela professora de Geografia Luziana Fidêncio e Silva, a proposta buscou incentivar os estudantes a conhecerem o Cerrado de diferentes perspectivas, biológica, histórica e geográfica, por meio do ensino sobre o uso de plantas existentes no bioma, e valores curativos e culturais.

“O incentivo e a popularização da pesquisa dentro da escola são de extrema importância, pois o ato de pesquisar desperta o gosto por ler e compreender. Esses fatores são essenciais para a formação de indivíduos críticos no contexto social”, afirmou a coordenadora do projeto.

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A professora destacou que o viés pedagógico do projeto é pautado no encantamento, envolvimento, dinamismo, desafio, criatividade e protagonismo dos estudantes, e que o objetivo foi construir um conhecimento multilateral e interdisciplinar, por meio da interatividade dos alunos.

“Na dimensão do aprendizado, podemos afirmar que houve um exercício de cunho científico, educacional, e, principalmente, de cidadania. No diálogo com a comunidade local, foram fortalecidos vínculos patrimoniais culturais e ambientais, sempre primando pela participação dos alunos na preservação de bens e saberes de comunidades tradicionais, rurais e urbanas, para que, posteriormente, eles se tornem validadores e disseminadores dos conhecimentos obtidos”, explicou.

No livro, os alunos fizeram várias citações destacando o contato com comunidades existentes na região, como uma comunidade de ancestralidade africana denominada Lagoinha de Baixo. São remanescentes quilombolas que fazem o uso do conhecimento popular, identificando plantas do cerrado com propriedades medicinais.

Ciência e biodiversidade
O cerrado é considerado a “caixa d’àgua do Brasil, as raízes profundas das árvores mantém a água no solo, abastecendo nove das 12 bacias hidrográficas do território brasileiro e os principais aquíferos do país: Bambuí, Urucuia e Guarani.

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Foram desenvolvidas atividades de campo com coletas de amostras vegetais, onde foram confeccionadas as exsicatas (partes secas de plantas para classificação das espécies), sobre a orientação da professora bióloga Silvana Hirooka. As plantas coletadas e identificadas são muito utilizadas para tratar doenças. É o caso da Quaresmeira (Tibouchina granulosa), usada para gripes e com forte ação calmante. A árvore que pinga mel, também conhecida como Canudo-de-Pito (Mabea fistulifer Mart), contém em suas folhas propriedades purgativas, já a erva Negramina (Siparuna guianensis) é utilizada para o controle da pressão arterial e para diminuir a febre.

Para acessar o e-book produzido pelos alunos, acesse aqui

Fonte: Governo MT – MT

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Mais de 17,6 mil pessoas com deficiência comandam negócios próprios em Mato Grosso

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Cerca de 17,6 mil pessoas com deficiência (PCD) têm o próprio negócio em Mato Grosso, segundo pesquisa do Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas do Estado de Mato Grosso (Sebrae/MT). O levantamento, realizado neste ano, mostra que esses empreendedores representam 3,6% do total de empresários mato-grossenses, com predominância de pessoas com limitações motora (36,7%), visual (34%) e auditiva (29,3%).

O estudo aponta que os empreendedores PCD apresentam elevado nível de escolaridade: 46,9% concluíram o ensino médio e 38,1% têm ensino superior ­- índice superior à média estadual. A faixa etária predominante está entre 35 e 44 anos (39,5%), seguida por 45 a 54 (22,4%). O grupo é formado majoritariamente por homens (57%). No recorte racial, há equilíbrio entre pardos (36,7%) e brancos (34%), seguidos por pretos (19%).

A maioria é casada (57,1%) e tem filhos (91,2%), o que reforça a importância da renda do próprio negócio para a estrutura familiar.

No campo econômico, os empresários com algum tipo de limitação atuam em diversos setores. O comércio concentra 31,3% dos negócios, seguido por serviços (25,2%), indústria (21,8%) e tecnologia (14,3%). Moda (17,7%), cosméticos (15%) e alimentação (14,3%) estão entre os principais segmentos.

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A formalização é alta: 85,7% possuem CNPJ, sendo a maioria registrada como microempresa (48,4%) ou empresa de pequeno porte (32,5%). Além disso, 70% atuam há mais de três anos e quase metade emprega de dois a cinco colaboradores, o que demonstra maturidade e estrutura consolidada.

Dificuldades

As motivações que levam pessoas com deficiência a empreender mesclam necessidade e realização pessoal. Para 40,8%, a decisão está ligada à necessidade financeira, enquanto 34% enxergam oportunidades de mercado e 32% buscam autonomia. A frustração com o mercado de trabalho tradicional (23,1%) e o desejo de realizar um sonho (15%) também aparecem com destaque.

As mulheres tendem a empreender mais por necessidade (54%), enquanto os homens se movem principalmente pela percepção de oportunidade (48,8%).

Na jornada empreendedora, os desafios enfrentados são múltiplas e revelam tanto desafios estruturais quanto específicos. Burocracia (44%), concorrência acirrada (39%) e falta de capital inicial (33%) estão entre as principais dificuldades. Além disso, 21% relataram barreiras diretamente ligadas à deficiência, como acessibilidade e preconceito, e 22% mencionaram dificuldades para equilibrar a vida pessoal e profissional.

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Entre as mulheres, questões de gênero e maternidade ganham relevância, enquanto os homens apontam custos e juros elevados como maiores obstáculos.

“O Sebrae apoia todos os empreendedores, porque acredita que o empreendedorismo é um caminho de inclusão e autonomia para todas as pessoas, independentemente de suas condições. Quando um empreendedor PCD empreende, ela inspira e transforma o seu entorno”, afirma Liliane Moreira, analista técnica do Sebrae/MT. “A inclusão produtiva das pessoas com deficiência é uma questão de equidade e também de fortalecimento da economia, pois amplia talentos, gera inovação e promove uma sociedade mais justa”.

Dados da pesquisa

O levantamento foi realizado entre 3 e 31 de janeiro de 2025, por meio de entrevistas telefônicas, com 147 empreendedores (formais e informais) que possuam alguma deficiência no estado de Mato Grosso. O estudo apresenta uma taxa de confiança de 95% e margem de erro de 4%.

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