POLÍCIA
Justiça confirma sentença definitiva de 200 anos contra integrante de grupo extermínio responsável por chacina em Colniza
POLÍCIA
Ronaldo Dalmoneck foi condenado pelo tribunal do júri, em maio de 2023, por homicídio qualificado por meio cruel, motivo torpe e impossibilidade de defesa das vítimas, além do delito de integrar grupo de extermínio, todos calculados por nove vezes, e em concurso material dos crimes. Ele recorreu da decisão, porém a sentença de 200 anos foi confirmada em trânsito julgado, ou seja, tornando-se definitiva, não podendo mais ser objeto de recurso.
O condenado foi o primeiro réu do caso levado a júri popular, que acolheu a tese do Ministério Público Estadual baseada na investigação da Polícia Civil.
Oito investigados envolvidos na chacina foram denunciados à Justiça. De acordo com o MP-MT, na primeira denúncia, cinco pessoas foram acusadas, contudo, o processo foi desmembrado. Em julho de 2021, mais três pessoas foram denunciadas, sendo dois mandantes e mais um executor.
Denunciados
Um dos casos de homicídios de maior repercussão nos últimos anos em Mato Grosso, a chacina que culminou com a morte dos nove trabalhadores, ocorrida em abril de 2017, requereu da Polícia Civil do Estado um aparato investigativo que reuniu diligências em cidades de três unidades da federação, análise de inteligência de centenas de informações e oitivas de investigados, testemunhas, familiares de vítimas e sobreviventes.
Em julho de 2021, o Ministério Público Estadual denunciou mais três pessoas por homicídio qualificado e por integrarem um grupo de extermínio. A denúncia do MPE é resultado de uma nova linha de investigação seguida pela Polícia Civil, a partir de informações recebidas pela Secretaria de Estado de Segurança Pública, que apontou outros motivos para a execução do crime e a participação de mais pessoas, sendo um mandante e dois executores.
Primeira fase
A primeira fase da investigação realizada por uma força-tarefa, com participação da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa de Cuiabá e a Delegacia de Colniza, coordenada pelos delegados Edison Pick e Henrique Espíndola, identificou quatro executores e um mandante do crime, que foram denunciados pelo MPE ainda em 2017.
Posteriormente, a Secretaria de Segurança Pública de Mato Grosso recebeu novas denúncias apontando que, as pessoas indiciadas na primeira investigação, não seriam as mesmas que agiram como mandante e executoras do crime.
A partir dos novos dados, equipes de investigação, com apoio da Diretoria de Inteligência da Polícia Civil, realizaram centenas de diligências em cidades de Mato Grosso, Rondônia e Pará para coletar indícios que pudessem levar à confirmação e responsabilização dos denunciados.
A denúncia do MPE, com base nas investigações produzidas pela Polícia Civil, destaca que o advogado e empresário, M.T.S.D., o agricultor A.A.S. e C.P. agiram como um grupo de extermínio, sob pretexto de prestação de segurança privada.
Limpeza da área
No ano anterior à chacina, o advogado e o agricultor adquiriram uma propriedade rural em Taquaruçu do Norte, de forma parcelada. O pagamento integral foi condicionado à necessidade de “limpeza da área”, ou seja, a expulsão de eventuais posseiros ou proprietários que estivessem no local. Desta forma, o advogado teria organizado para que os executores promovessem essa “limpeza”. No dia 19 de abril de 2017, as nove vítimas foram mortas com uso de armas brancas e armas de fogo, sendo pegas de surpresa no local.
Durante as diligências, os policiais civis chegaram ao contrato de compra e venda da área onde ocorreu o crime, que estava em nome do advogado, cujas informações o apontaram ao final do inquérito como o mandante da chacina.
Os investigadores analisaram materiais apreendidos, depoimentos e a produziram dezenas de relatórios que, diferente das apurações iniciais, levaram aos três investigados pela chacina. Uma das testemunhas ouvidas pela Polícia Civil confirmou que levou os executores até o local da chacina. Outra testemunha corroborou dados levantados em campo durante a apuração de que o advogado teria locado uma aeronave para jogar sementes onde as vítimas foram mortas – uma área aberta – o que confirma que ele tinha intenção de formar pastagem no local que adquiriu anteriormente.
As diligências da Polícia Civil de Mato Grosso coletaram informações nas cidades de Chupinguaia, Machadinho d’Oeste, Ariquemes, Ji-Paraná, Pimenta Bueno, São Felipe d’Oeste, Rolim de Moura, Alto Alegre dos Parecis, todas em Rondônia; em Rurópolis, no Pará, e nas cidades da região de Colniza.
Fonte: Policia Civil MT – MT


MATO GROSSO
Operação Prende Suspeitos de Envolvimento em Ataques a Casa e Escritório de Advogado
A Delegacia da Polícia Civil de Lucas do Rio Verde deflagrou a Operação Contra Impetum para cumprir nove mandados judiciais, nesta quinta-feira (16.1), contra integrantes de uma facção criminosa envolvidos no ataque à casa e escritório de um advogado e a uma empresa da cidade.
Estão em cumprimento seis ordens de prisão e três de buscas e apreensões empregando um efetivo de policiais civis da região, com apoio da Gerência de Operações Especiais da Polícia Civil.
A operação é uma contrarresposta da Polícia Civil aos ataques ordenados por membros da facção criminosa contra três locais em Lucas do Rio Verde. Os mandados foram deferidos pelo juízo da 5a Vara Criminal de Sinop, de combate ao crime organizado.
O primeiro ataque ocorreu no dia 1° de novembro contra a sede de uma empresa agrícola. O segundo foi registrado na noite de dois de novembro, contra o escritório do advogado. No dia seguinte, a residência do profissional foi também alvo de disparos de arma de fogo.
Investigação
Com o início das diligências investigativas, a equipe da Delegacia de Lucas do Rio Verde apurou que na data anterior aos ataques ao escritório e casa do advogado, a sede de uma empresa agrícola na cidade também foi alvo de disparos de arma de fogo.
As investigações apontaram que os ataques foram ordenados por dois integrantes de uma facção, identificados no inquérito policial, e executados por cinco outros criminosos ligados ao grupo. Um dos líderes da facção chegou a enviar mensagens ao advogado dizendo que o profissional teria que ‘devolver’ um veículo, recebido como pagamento de honorários. O empresário também recebeu ameaças por mensagens.
As diligências identificaram os autores dos ataques, sendo um deles preso no decorrer da investigação. Conforme a apuração, os executores afirmaram que o ataque ao escritório era ‘pra dar um susto no advogado’, pois o profissional estaria, supostamente, dando golpe em clientes. A Polícia Civil também identificou a outra dupla que fez os disparos que atingiram a casa do advogado.
Em relação ao ataque à empresa agrícola, a investigação apurou que os disparos foram ordenados por duas pessoas contra quem o empresário havia ajuizado uma ação sobre a disputa de um imóvel em Lucas do Rio Verde. Após a vítima entrar com a ação, passou a receber ameaças.
Reaver veículo e desistência de ação
De acordo com a apuração, o advogado atuou na defesa de duas pessoas presas em flagrante em outra ocorrência. Como pagamento pelos honorários, ele havia recebido um veículo.
Contudo, o cliente tentou reaver o veículo, mesmo sem pagar os honorários combinados. Em uma das oportunidades, o cliente teria saído do escritório do advogado afirmando que resolveria a situação de uma forma ou de outra.
As informações reunidas na investigação indicaram que o cliente defendido pelo advogado fez contato com os criminosos que lideram a facção em Lucas do Rio Verde e pediu que empregassem alguma ação para fazer o advogado devolver o veículo usando, para tal fim, qualquer meio violento.
Além disso, o mesmo investigado também pediu aos criminosos que empregassem uso de violência contra o empresário para forçá-lo a desistir da ação judicial em andamento. Diante dos pedidos criminosos, os líderes da facção recrutaram os cinco suspeitos identificados na investigação para fazer os disparos contra os três locais.
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