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POLITÍCA NACIONAL

CPI das Apostas de Futebol terá apoio da Polícia Federal nas investigações

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A Polícia Federal designou o delegado Sergio Eduardo Busato para auxiliar as investigações da CPI da Câmara dos Deputados sobre manipulação de resultado em partidas de futebol. O anúncio foi feito nesta quarta-feira (2) pelo relator, deputado Felipe Carreras (PSB-PE), que, a partir de agora, espera nova fase da apuração, com maior foco nas empresas de apostas, mais conhecidas como “bets”.

“A gente começa agora a fase de nos debruçar, com inteligência policial, nas convocações e convites para que tenhamos empresas presentes aqui, respondendo a CPI. Talvez até com quebra de sigilo para ampliarmos as investigações em curso”, disse.

O deputado Luciano Vieira (PL-RJ) avalia que o foco nas empresas é fundamental, sobretudo diante da medida provisória (MP 1182/23) que regulamenta a exploração de apostas esportivas. “Estamos no momento da regulamentação junto ao governo federal. Então, de imediato, antes de regulamentar qualquer empresa, nós temos que quebrar o sigilo bancário dela e ver quem está certo e quem está errado. É o princípio de tudo.”

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O vice-presidente da CPI, deputado Daniel Agrobom (PL-GO), admite até duas reuniões semanais para ouvir as empresas convocadas e convidadas. Antes, porém, as associações de empresas de apostas esportivas devem comparecer à comissão, já na próxima semana. O deputado Delegado da Cunha (PP-SP) também cobrou depoimentos prévios de representantes da Justiça Desportiva e da Confederação Brasileira de Futebol (CBF).

Investigação estadual
A CPI ouviu, também nesta quarta, o delegado da Polícia Federal em Sergipe Fabrício Martins Rocha, com experiência nas operações Distração e Jogada Ensaiada, que combateram a exploração de jogos de azar e a manipulação de resultados em empresas de apostas entre 2021 e o ano passado. Ele admitiu que essas fraudes são mais ligadas a investigações das polícias civis estaduais. O tema é “relativamente novo” para a Polícia Federal diante da “repercussão interestadual com necessidade de repressão uniforme” e da correlação com outros crimes, como lavagem de dinheiro e evasão de divisas.

Fabrício Rocha disse que o maior desafio na investigação é a dificuldade de acesso a algumas informações básicas. “A maioria dessas empresas de apostas está sediada fora do território nacional, e você não tem acesso a informações nem tem como oficiar sobre eventual suspeita de fraudes”, explicou.

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Segundo Rocha, a Polícia Federal mantém memorando de intenção com a Esporte Radar, uma empresa suíça com expertise na análise de jogos e na indicação de eventuais manipulações.

O delegado elogiou a MP 1182 por prever a constituição de empresas no Brasil para a exploração das apostas.

Para o deputado Albuquerque (Republicanos-RR), responsável pelo convite a Fabrício Martins Rocha, as investigações da CPI e da Polícia Federal também devem identificar os financiadores das fraudes nas apostas esportivas. O escândalo investigado pela CPI foi denunciado na Operação Penalidade Máxima, conduzida pelo Ministério Público de Goiás com segredo de Justiça.

Reportagem – José Carlos Oliveira
Edição – Ana Chalub

Fonte: Câmara dos Deputados

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GERAL

Trump assina tarifa de 50 % sobre todas as importações de produtos brasileiros para os Estados Unidos: confira como isso afeta o Brasil

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O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assinou nesta quarta-feira (30) um decreto que impõe tarifa de 50% sobre todas as importações de produtos brasileiros que entram no território americano. A medida entra em vigor no dia 1º de agosto e já causa forte reação entre produtores, exportadores e autoridades brasileiras.

A nova tarifa, que dobra o custo para empresas americanas que compram produtos brasileiros, representa uma mudança radical nas relações comerciais entre os dois países. Antes da medida, a maior parte desses produtos era taxada em cerca de 10%, dependendo do setor.

O que é essa tarifa e como funciona?

A tarifa anunciada por Trump não afeta compras feitas por consumidores brasileiros, nem produtos adquiridos por sites internacionais. Ela vale exclusivamente para produtos brasileiros exportados para os Estados Unidos, ou seja, aqueles enviados por empresas do Brasil para serem vendidos no mercado americano.

Isso significa que, se uma empresa brasileira exporta carne, café, suco ou qualquer outro item, ele chegará aos EUA com 50% de imposto adicional cobrado pelo governo americano.

Exemplo simples: 

Para entender como isso afeta na prática, veja o exemplo abaixo:

  • Imagine que você é um produtor de suco no Brasil e exporta seu produto aos EUA por R$100 por litro.

  • Antes da tarifa, o importador americano pagava esse valor e revendia com lucro no mercado local.

  • Com a nova medida, o governo dos EUA aplica 50% de tarifa. Ou seja, seu suco agora custa R$150 para o importador.

  • Esse aumento torna o produto muito mais caro nos EUA, podendo chegar ao consumidor final por R$180 ou mais.

  • Resultado: o importador pode desistir de comprar de você e buscar outro fornecedor — como México, Colômbia ou Argentina — que não sofre com essa tarifa.

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Como isso afeta o Brasil?

A imposição dessa tarifa tem impactos diretos e sérios para a economia brasileira, especialmente no agronegócio e na indústria de exportação. Veja os principais efeitos:

  • Queda na competitividade dos produtos brasileiros no mercado americano.

  • Quebra ou renegociação de contratos internacionais já assinados.

  • Perda de mercado para concorrentes de outros países.

  • Redução nas exportações, com consequências econômicas e sociais no Brasil (queda de faturamento, demissões, retração de investimentos).

  • Pressão sobre o governo brasileiro para reagir com medidas diplomáticas ou tarifas de retaliação.

 

Quais produtos serão mais afetados?

A medida de Trump atinge todos os produtos brasileiros exportados aos EUA, mas os setores mais atingidos devem ser:

  • Carnes bovina, suína e de frango

  • Café

  • Suco de laranja

  • Soja e derivados

  • Minério de ferro e aço

  • Aeronaves e peças da Embraer

  • Cosméticos e produtos farmacêuticos

  • Celulose, madeira e papel

Brasil pode retaliar?

O governo brasileiro já sinalizou que poderá aplicar medidas de retaliação com base na Lei de Reciprocidade Comercial, aprovada neste ano. A ideia é aplicar tarifas semelhantes sobre produtos americanos exportados ao Brasil, mas isso depende de negociações diplomáticas e análise de impacto.

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E o consumidor brasileiro, será afetado?

Neste primeiro momento, não. A medida de Trump não se aplica a compras feitas por brasileiros em sites estrangeiros, nem muda os impostos cobrados sobre importações pessoais.

O impacto é sobre o mercado exportador brasileiro, que depende das compras feitas por empresas americanas. No médio e longo prazo, porém, se os exportadores perderem espaço nos EUA e tiverem que vender mais no Brasil, os preços internos podem oscilar, tanto para baixo (excesso de oferta) quanto para cima (reajustes para compensar perdas).

A tarifa de 50% imposta por Trump é uma medida com alto potencial de desequilibrar o comércio entre Brasil e Estados Unidos. Empresas brasileiras correm o risco de perder contratos, mercado e receita. A decisão política tem impacto direto na economia real — do produtor de suco ao exportador de carne.

O governo brasileiro já avalia uma resposta, enquanto produtores tentam entender como seguir competitivos em um cenário que muda de forma drástica.

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