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Projeto anula resolução da Anvisa que retomou obrigatoriedade de máscara em aeroportos e aviões

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Paula Fróes/Governo da Bahia
Relações Exteriores - geral - turistas aeroportos viagens aéreas passageiros máscaras coronavírus Covid-19 pandemia prevenção contágio contaminação (repatriação de argentinos no aeroporto de Salvador)
Uso obrigatório da máscara individual voltou em novembro do ano passado

O Projeto de Decreto Legislativo (PDL) 384/22 anula a resolução 754 da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) que, em 22 de novembro de 2022, voltou a tornar obrigatório o uso de máscaras de proteção individual em aeroportos e aeronaves do País. O texto está sendo analisado pela Câmara dos Deputados.

O uso obrigatório de máscaras esteve em vigor de 2020 até 17 agosto de 2022, quando a agência passou a apenas recomendar o uso dos equipamentos. A mudança levou em conta o cenário da pandemia à época, como o aumento da cobertura vacinal da população e a redução no número de casos de Covid-19 no Brasil.

No fim de 2022, entretanto, com uma nova escalada no número de casos da doença, a Anvisa decidiu tornar novamente obrigatório o uso de máscaras em aeroportos e aeronaves, visando principalmente combater as novas subvariantes da variante Ômicron, mais transmissíveis.

“O uso de máscaras em ambientes de maior risco, pelas suas características de confinamento, circulação e aglomeração de pessoas, representa um ato de cidadania e de proteção à coletividade e objetiva mitigar o risco de transmissão e de contágio da doença”, afirmou à época o diretor da Anvisa, Alex Campos.

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Autores do projeto, os deputados Eduardo Bolsonaro (PL-SP), Luiz Philippe de Orleans e Bragança (PL- SP), Bia Kicis (PL-DF), Carlos Jordy (PL-RJ) e Dr. Luiz Ovando (PP-MS) argumentam que a decisão da agência contraria o voto do relator da resolução na Anvisa, Daniel Pereira, o único que votou contra a obrigatoriedade das máscaras.

Pereira assumiu o cargo de diretor na entidade após atuar como secretário-executivo no Ministério da Saúde, uma espécie de número 2 do ex-ministro Marcelo Queiroga. Para ele, apesar do aumento do número de casos naquela época, o País apresentava um cenário epidemiológico diferente, que desobrigaria o uso dos equipamentos de proteção individual.

“O País apresenta uma cobertura vacinal significativa, apesar de ainda aquém do desejável, o que modifica o impacto da doença na população, especialmente quanto a casos graves e óbitos”, disse Pereira em suas conclusões. “Faz-se pertinente o reforço da recomendação do uso de máscaras faciais.”

Já o deputado Daniel Soranz (PSD-RJ) protocolou na quarta-feira (1º) requerimento de informação para que a Anvisa explique o motivo da manutenção do uso de máscaras em aviões e aeroportos. Ele defendeu a revisão da medida em razão de o cenário epidemiológico atual estar semelhante ao período em que o uso do equipamento foi liberado, em agosto do último ano.

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“Sempre defendi a utilização das máscaras, elas foram e continuam sendo muito importantes para salvar vidas, mas não podemos banalizar nenhuma medida de saúde pública. A Anvisa precisa justificar por que manter a obrigatoriedade da máscara se em todo território nacional ela está liberada”, ressaltou o deputado, que é médico sanitarista, pesquisador e professor da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e foi secretário municipal de Saúde do Rio de Janeiro (2014-2016 e 2021-2023).

Tramitação
O projeto será analisado, em caráter conclusivo, pelas comissões de Seguridade Social e Família; e de Constituição e Justiça e de Cidadania.

Saiba mais sobre a tramitação de projetos de lei

Reportagem – Murilo Souza
Edição – Ana Chalub

Fonte: Câmara dos Deputados Federais

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Governo Lula cede à pressão e revoga norma de monitoramento do Pix

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O governo federal anunciou, nesta terça-feira (15), a revogação da norma da Receita Federal que ampliava o monitoramento das movimentações financeiras, incluindo transações realizadas via Pix. A decisão foi confirmada pelo secretário da Receita, Robison Barreirinhas, após uma reunião com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva no Palácio do Planalto.

A medida, que inicialmente previa que operadoras de cartões de crédito, fintechs e carteiras digitais informassem à Receita transações acima de R$ 5 mil mensais realizadas por pessoas físicas, gerou uma onda de críticas e pânico na população. Essa ampliação do monitoramento, que antes era restrito aos bancos tradicionais, foi vista como uma ameaça à privacidade financeira e desencadeou reações negativas em massa, especialmente nas redes sociais.

Sensação de insegurança e repercussão negativa

Segundo Barreirinhas, a norma foi alvo de distorções que acabaram gerando um clima de insegurança. Para evitar maiores danos, o governo optou por revogar a medida. “Houve um grande mal-entendido que prejudicou a confiança da população, algo que nunca foi a intenção da Receita Federal”, explicou o secretário.

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Além disso, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, anunciou que o governo editará uma medida provisória (MP) com o objetivo de assegurar a gratuidade e o sigilo do Pix. “Queremos garantir que o Pix continue sendo um instrumento acessível e confiável, sem qualquer tipo de taxação ou diferenciação de taxas em relação a pagamentos em dinheiro”, afirmou Haddad.

Fake news e manipulação política

A decisão também foi motivada pela disseminação de informações falsas que alimentaram a desconfiança pública. Um vídeo do deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) alertando para uma suposta taxação futura do Pix viralizou nas redes sociais, pressionando ainda mais o governo. Haddad criticou a postura de políticos que, segundo ele, agiram de forma irresponsável para manipular a opinião pública e ampliar a insatisfação.

Compromisso com transparência

Apesar da revogação, Haddad reiterou que o governo continuará trabalhando para regulamentar o sistema financeiro, promovendo segurança e transparência, mas sem prejudicar trabalhadores informais ou pequenos empreendedores. “O governo está atento à necessidade de modernizar a regulamentação sem colocar em risco o bem-estar da população”, concluiu.

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A revogação da norma marca um recuo significativo do governo Lula, que decidiu agir rapidamente para conter os danos políticos e restaurar a confiança pública em um dos sistemas financeiros mais utilizados e valorizados pelos brasileiros.

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