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Uma só aula de spinning pode deixar xixi preto e levar para UTI? Entenda a rabdomiólise, efeito tóxico do exercício intenso

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Kamila Rigobeli teve de ser internada após uma lesão muscular aguda que fez com que o corpo liberasse muitas enzimas, sobrecarregando o rim. Doença pode acontecer com qualquer pessoa que pratica atividade física sem preparo.

Uma única aula experimental de spinning levou a influenciadora Kamila Rigobeli para a UTI: ela sofreu o efeito tóxico do exercício intenso quando praticado por pessoas que ainda não estão preparadas. Em um vídeo postado nas redes sociais, Kamila conta que foi à aula com uma amiga e sentiu desconforto logo na saída. Nos dias seguintes, teve muita dor e precisou de internação depois que seu xixi ficou preto.

Segundo os médicos, a influenciadora teve uma rabdomiólise, que é uma doença que ocorre pela reação do corpo a uma lesão muscular grave. O g1 consultou especialistas para entender como isso acontece e se pode acometer qualquer pessoa.

Como acontece a rabdomiólise?

 

Segundo Karina Hatano, médica do esporte do Espaço Einstein, do Hospital Albert Einstein, a doença acontece por uma lesão muscular aguda.

🏋️ Toda vez que treinamos o nosso músculo “quebra” e essa quebra gera enzimas que são metabolizadas pelo fígado e pelo rim. A rabdomiólise acontece quando a lesão é tão grande e gera a substância em tanta quantidade que o organismo não está preparado para receber.

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Quando treinamos muito intensamente, o músculo quebra mais e consequentemente os rins têm que filtrar mais. Isso gera um quadro de insuficiência aguda, as toxinas aumentam e a pessoa pode precisar de diálise ou até chegar a morte.

Pode acontecer com qualquer pessoa?

 

O médico Fabrício Buzatto, membro da sociedade brasileira de Medicina do Exército e do Esporte (SBMEE) explica que depende do condicionamento físico e exposição a atividades intensas.

Segundo Buzatto, apesar disso, as pessoas sedentárias e iniciantes estão mais expostas, já que atletas geralmente tem o acompanhamento do desgaste do corpo antes de chegar a doença.

“Pode ocorrer com pessoas que nunca fizeram exercício, não estão com os exames em dia, e se submetem a exercícios exaustivos, com uma sobrecarga muito grande da musculatura e ter sempre orientação profissional”, explica.

O risco é só para pessoas que praticam spinning?

 

Os especialistas dizem que não e que qualquer atividade intensa, sem o preparo, alimentação e hidratação adequada, podem causar a doença. Isso inclui: crossfit, funcional, aulas de spinning, futebol e até musculação.

A médica do Einsten, Karina Hatano, explica que fica comum em atividades que entram “na moda” porque muitas pessoas sem preparo começam a praticar e acabam expondo o corpo a uma intensidade para a qual não estava preparada.

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Todo treino que tem uma carga muito intensa, sem hidratação, o rim não dá conta de filtrar os metabólitos depois da lesão. Isso independe da atividade, é uma questão de intensidade.

O que fazer para evitar?

 

O médico Fabrício Buzatto explica que o principal é não tentar atividades intensas se era uma pessoa sedentária e não forçar além do que pode suportar. Além disso, reforça que a hidratação antes e depois do exercício é uma questão importante.

Quando essas enzimas aumentam no sangue o importante é se manter bem hidratado para que o rim possa filtrar de forma eficaz, sem causar toxicidade.

Hatano alerta que as pessoas redobrem os cuidados com atividades que desidratam, em ambientes quentes, como o Hot Yoga, e que de forma alguma é um alerta para não fazer exercícios físicos.

“Para não ter essa doença e tantas outras, a resposta é fazer atividade física. Um corpo com preparo, não vai passar por isso. O segredo é ter equilíbrio, começando com moderação, e com acompanhamento de um profissional e médico”, diz.

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Prefeito determina atendimento a mais de 10 mil pacientes sem agendamento nas UBSs

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Segundo um levantamento feito pela Superintendência da Atenção Primária da Secretaria Municipal de Saúde de Cuiabá (SMS), desde o dia 7 de janeiro, as Unidades Básicas de Saúde (UBSs) do município já realizaram 10.002 atendimentos espontâneos, após a implementação da portaria assinada pelo prefeito de Cuiabá Abilio Brunini. A medida autoriza o primeiro atendimento sem necessidade de agendamento prévio, garantindo rapidez e eficiência na atenção primária sem comprometer os atendimentos previamente agendados.

O prefeito Abilio Brunini visitou algumas unidades para verificar de perto se os atendimentos das consultas não agendadas estão sendo realizados. “Quero dizer para vocês que os postos estão atendendo, sim, às demandas espontâneas. Estou verificando unidade por unidade para garantir que esse atendimento seja, de fato, disponibilizado para a população.”

De acordo com a secretária municipal de saúde, Lucia Helena Barboza Sampaio, a iniciativa busca reduzir a sobrecarga das Unidades de Pronto Atendimento (UPAs), reservando-as para casos mais graves. “Nossa proposta é garantir agilidade na atenção primária, dispensando assim que as UPAs sejam procuradas por motivos mínimos”, destacou a secretária.

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Como funciona o atendimento espontâneo?

O atendimento espontâneo é destinado a situações não programadas, como urgências, emergências, orientações ou até mesmo para agendamento de consultas. A prática é realizada em Unidades de Atenção Primária à Saúde (UAPS) e envolve:

  • Chegada do paciente à unidade de saúde.
  • Avaliação inicial realizada por um enfermeiro.
  • Encaminhamento para consulta médica imediata ou, caso necessário, agendamento para outro momento.
  • Atendimento médico ou outro serviço indicado.

Esse modelo de acolhimento permite priorizar os atendimentos conforme o grau de risco ou vulnerabilidade do paciente.

Período crítico e combate a doenças sazonais

A portaria ganha ainda mais relevância em um momento no qual há um aumento expressivo de doenças transmitidas por mosquitos, como dengue, zika e chikungunya. A intensificação das chuvas favorece a proliferação do Aedes aegypti, principal vetor dessas arboviroses. Com isso, garantir um fluxo ágil de atendimento nas UBSs ajuda a identificar e tratar precocemente os casos, desafogando as UPAs e reforçando o sistema de saúde municipal.

A medida já apresenta resultados significativos, mostrando o compromisso da administração em otimizar os serviços de saúde e atender com eficiência a população.

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